O Vaticano desmentiu o ennvolvimento de um cardeal no caso do vazamento de documentos secretos da Santa Sé. “Nego categoricamente que se suspeite de um cardeal, italiano ou não”, afirmou o porta-voz do Papa, padre Federico Lombardi. Segundo reportagem do jornal Il Messaggero, um integrante do Sacro Colégio pontifício foi o responsável por manipular Paolo Gabriele, mordomo do Papa Bento XVI preso na última quarta-feira.
“Os interrogatórios continuam. Várias pessoas foram ouvidas na Cúria Romana e nos ministérios pela comissão de cardeais formada pelo Papa“, afirmou Lombardi. “Ela recolhe informações e depoimentos, e tem a tarefa de passar tudo para o papa”, explicou, sem dizer quanto tempo levará a investigação.
Suspeito – Preso no palácio apostólico, o mordomo que traiu o Papa, conhecido como Paoletto, mantêm-se em silêncio, reza, e, após cinco dias de prisão, teve a oportunidade de falar com a mulher.
“Ele está tranquilo”, disse seu advogado, Carlo Fusco, acrescentando que o cliente está disposto a colaborar. “Ele era apenas o braço que atuou, deve-se buscar o cabeça”, publicou o jornal Il Fatto Quotidiano.
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Vazamentos – Para o estudioso do Vaticano Marco Politi, os vazamentos têm o objetivo de derrubar o número dois do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, 78, um salesiano sem experiência diplomática, que cometeu erros graves no início de sua gestão, mas que goza da confiança do Papa alemão.
“Os documentos são tiros contra Bertone, querem afundá-lo, um pedido de renúncia”, explicou o teólogo Vito Mancuso.