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Vaticano endurece as regras contra a pedofilia

Vítimas de abusos consideram novas medidas insuficientes

Por Da Redação
15 jul 2010, 08h36

O Vaticano anunciou nesta quinta-feira normas mais rígidas contra os casos de abusos de crianças por membros do clero. As novas regras visam tornar mais rápidos os processos para julgar casos considerados urgentes, inclusive com a designação de leigos para integrar os tribunais eclesiásticos. As vítimas dos crimes, porém, consideram as medidas insuficientes.

O anúncio das novas normas foi feito pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Uma das normas diz respeito ao aumento de dez para 20 anos o período de prescrição desse tipo de crimes. Os abusos a adultos que sofram de problemas mentais também passam a ser equiparados à pedofilia. Os membros do clero passam ainda a ser processados e punidos pela posse e divulgação de imagens pornográficas. As novas regras, porém, não obrigam as autoridades eclesiásticas a entregar às autoridades civis os suspeitos de abuso – essa era uma das principais reivindicações dos grupos de lutam contra a pedofilia.

Críticas – A Associação Americana de Vítimas de Abusos Sexuais cometidos por Sacerdotes (SNAP) declarou que não considera as medidas adotadas suficientes. “As novas diretrizes do Vaticano relativas aos abusos sexuais podem ser resumidas em poucas palavras: estão na Lua”, declara Barbara Doris, uma das dirigentes da SNAP, em um comunicado. “Essas diretrizes equivalem a atacar um elefante com uma pistola de água quando o elefante está fora do alcance dos disparos”, acrescenta.

“Em todo o mundo, as autoridades da Igreja optam por acreditar nos acusados e não nos denunciantes, recusam-se a falar desses casos e ignoram as denúncias de abusos sexuais. É esse tipo de comportamento que precisa mudar, não as diretrizes internas da Igreja”, concluiu Barbara.

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Principais mudanças:

– Introdução de procedimentos acelerados para os casos mais urgentes

– Aumento de dez para 20 anos o período de prescrição dos fatos

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– Equiparação da pedofilia aos abusos contra pessoas com problemas mentais, estendendo assim suas novas normas para esses adultos

– Punição aos membros do clero pela posse e divulgação de imagens pornográficas

(Com agência France-Presse)

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