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Vaclav Havel, herói da ‘Revolução de Veludo’

Por Michal Cizek
18 dez 2011, 10h57

Ícone da dissidência anticomunista, símbolo da renovação democrática na Europa Oriental, o ex-presidente tcheco Vaclav Havel, falecido neste domingo aos 75 anos, encarnou a “Revolução de Veludo” de 1989 que pôs fim sem violência ao regime totalitário de Praga.

Primeiro presidente da Tchecoslováquia pós-comunista (1989-1992) e depois da República Tcheca (1993-2003), liderou a democratização de seu país, sua entrada na Otan (1999) e os preparativos para aderir à UE em 2004.

Após o fim de seu mandato, em fevereiro de 2003, apesar de sua saúde frágil, o dramaturgo e ex-dissidente anticomunista da Carta 77 dedicou-se a lutar pelos direitos humanos em Cuba, Belarus, Mianmar ou Rússia.

Retornou também às letras com a publicação, em 2006, de suas memórias políticas e de uma obra de teatro, “A ponto de partir”, em 2008, que é também o título de seu primeiro filme, que estreou em Praga no dia 14 de março.

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Nascido em 5 de outubro de 1936 em Praga em uma família proprietária de estúdios de cinema e dezenas de edifícios na capital, Vaclav Havel foi privado dos estudos pelo regime comunista em nome da luta antiburguesa. Lançou-se então no âmbito teatral, primeiro como maquinista e depois como autor do teatro do absurdo.

Negou-se a se exilar e depois da ocupação soviética em 1968 entrou em dissidência para redigir o manifesto Carta 77, vibrante defesa política dos direitos humanos. Seu compromisso levou-o a passar quatro anos na prisão, onde escreveu suas famosas “Cartas a Olga”, sua primeira esposa.

Foi eleito à presidência em 29 de dezembro de 1989, e após a morte de sua esposa Olga, em 1996, se casou rapidamente com Dagmar Veskrnova, uma atriz vinte anos mais jovem que ele.

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Vaclav Havel tinha uma saúde frágil devido às pneumonias contraídas nas prisões comunistas e por seu passado de grande fumante.

Esteve prestes a falecer em várias ocasiões: em dezembro de 1996 foi operado de um câncer do pulmão direito, em abril de 1998 passou novamente pela mesa de cirurgia na Austrália por uma perfuração intestinal e em agosto deste mesmo ano sofreu um ataque cardíaco.

No dia 8 de março, foi hospitalizado novamente em Praga, por graves transtornos respiratórios, quinze dias antes da estreia de seu filme “A ponto de partir”, baseado em sua última obra teatral.

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