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Usina nuclear iraniana pode causar um novo ‘Chernobyl’

Central não foi estruturada para resistir a um terremoto, por exemplo, diz jornal

Por Da Redação
7 out 2011, 12h50

A primeira usina nuclear do Irã não é segura e pode causar um desastre como o de Chernobyl, na Ucrânia, ou o de Fukushima, no Japão, segundo documentos aos quais teve acesso o jornal britânico The Times. Trata-se do reator Bushehr, no leste do país, que começou a operar no mês passado após obras que duraram 35 anos, feitas por engenheiros de “segunda classe”, afirmou o periódico. Os documentos foram entregues ao veículo por uma fonte de confiança e elaborados por um ex-membro do departamento legal da Organização da Energia Atômica do Irã.

Segundo The Times, a usina foi montada a partir de tecnologias russa e alemã de diferentes épocas, mas não resistiria a um forte terremoto e não dispõe de um bom programa de treinamento para funcionários ou um plano de contingência em caso de acidente. Apesar de o jornal insistir que a autenticidade do documento não pode ser confirmada, especialistas nucleares consideram que não há razão para duvidar de seu conteúdo.

O Irã é o único país com uma usina nuclear que não se somou à Convenção de Segurança Nuclear, que obriga os participantes a cumprir níveis internacionais de segurança. O chefe do Centro de Estudos Estratégicos do Kuwait, Sami al Faraj, que é assessor do governo kuwaitiano, considera que um acidente em Bushehr seria um “desastre para o mundo”. Al Faraj não conseguiu avaliar a segurança de Bushehr porque a cooperação do Irã com seus vizinhos é “nula” e afirmou que os iranianos estão jogando “roleta russa” com o mundo.

A construção da usina começou em 1975 quando o Xá do Irã concedeu o contrato de construção à Kraftwerk Union da Alemanha, mas os alemães se retiraram depois da revolução islâmica de 1979. A usina sofreu danos na guerra Irã-Iraque (1980-88), apesar de o regime de Teerã ter continuado com o projeto nos anos 1990 para demonstrar que a República Islâmica era capaz de estar à altura das conquistas científicas do Ocidente e para isso utilizou engenheiros russos que não construíam reatores nucleares desde finais dos anos 1980, destacou o jornal.

(Com agência EFE)

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