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Uruguaios fazem greve geral contra ajuste fiscal

Cerca de 1 milhão dos 3,4 milhões de trabalhadores uruguaios adeririam à paralisação de 24 horas

Por Da redação
14 jul 2016, 18h32

O Uruguai enfrenta nesta quinta-feira uma greve geral de trabalhadores convocado pela central sindical única PIT-CNT para exigir melhorias salariais e contra um plano de ajuste fiscal e corte orçamentário do governo.

A segunda greve geral de trabalhadores desde que o presidente Tabaré Vázquez assumiu o cargo, em 1º de março de 2015, afeta toda a administração pública, o transporte, o setor bancário e o ensino público e privado. A paralisação está prevista para durar 24 horas.

Em uma coletiva de imprensa, o presidente do PIT-CNT, Fernando Pereira, se disse satisfeito com a adesão à medida, que segundo ele, ultrapassou um milhão de trabalhadores, em um país de 3,4 milhões de habitantes. “Isso é muito em qualquer lugar do mundo”, disse Pereira.

O Sindicato Médico do Uruguai aderiu à plataforma reivindicativa da central sindical única, mas não aderiu à greve. A Federação Uruguaia de Saúde (FUS), que reúne trabalhadores da área do setor privado, paralisou suas tarefas e só atendia casos de urgência.

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As principais avenidas de Montevidéu tiveram o tráfego reduzido e embora a maior empresa de transportes da capital tenha disponibilizado um serviço de emergência, os ônibus e os pontos de espera ficaram vazios.

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Reivindicações – Os sindicatos pedem mudanças nas negociações e nas pautas salariais, além de rejeitar possíveis cortes do gasto social previstos em um projeto de lei de Prestação de Contas que o Poder Executivo enviou ao Parlamento. Eles exigem também uma política firme de controle de preços.

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“Parar 24 horas não é um esporte, nós paramos para mudar a realidade. Queremos mudar a pauta salarial para essa rodada de salários que é pior do que a do ano passado”, argumentou Pereira, adiantando que no caso de o governo não atender às reivindicações dos sindicatos, serão realizadas novas mobilizações durante este ano.

O Uruguai enfrenta um difícil cenário econômico, com uma inflação acumulada de 10,94% em 12 meses em junho, uma deterioração do mercado de trabalho e um déficit fiscal de 3,7% em 12 meses em maio que o governo busca enfrentar com um ajuste fiscal.

Dentro do pacote de medidas anunciadas pelo governo, o que gerou mais críticas foi o aumento do Imposto às Retribuições das Pessoas Físicas (IRPF) – sobre as receitas pessoais – que a partir de janeiro aumentará entre 4 e 6 pontos porcentuais para cinco faixas salariais.

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(Com AFP)

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