Urnas são abertas em 36 estados; votação só termina na 4ª
Cerca de 200 milhões de americanos podem eleger o seu próximo presidente
Por Da Redação
6 nov 2012, 11h25
Nesta terça-feira, mais de 200 milhões de americanos podem votar para eleger seu próximo presidente. Até agora, as urnas já foram abertas em 36 dos 50 estados do país, segundo o site do jornal Financial Times. A partir das 18 horas (21 horas em Brasília), os centros de votação começam a ser fechados em Indiana e Kentucky, mas continuam nos demais estados ao longo das seis horas seguintes, terminando apenas na madrugada de quarta-feira – devido às diferenças de fuso horário.
A disputa que opõe o democrata Barack Obama, o atual chefe de estado que não conseguiu deixar sua marca, e o republicano Mitt Romney, que não se sabe se poderá fazer um trabalho melhor, é acirrada. E isso causa temores de que se repita a situação de 2000, quando o pleito entre George W. Bush e Al Gore foi decidido pela Suprema Corte de Justiça. As duas campanhas montaram equipes jurídicas para lidar com possíveis problemas de votação, impugnações e recontagens.
Como funcionam as eleições
Nos Estados Unidos, a votação para presidente é indireta, feita por 538 delegados. Eles são divididos entre os 50 estados americanos mais o distrito federal de acordo com sua população e seu número de deputados federais. O vencedor não é aquele que receber o maior número de votos dos eleitores, mas aquele que atingir a cota mínima de 270 delegados estaduais. Quanto mais populoso é um estado, mais deputados ele tem e mais peso possui na eleição. O candidato escolhido na Califórnia, por exemplo, leva todos os votos do colégio eleitoral do estado. Dessa forma, os partidos são obrigados a construir uma campanha nacional consistente, mesmo em lugares com menor número de eleitores.
Estados indecisos – Enquanto a maioria dos estados tem uma preferência clara pelo Partido Democrata ou pelo Republicano, alguns são relativamente neutros – conhecidos como swing states. Neles, margens muito pequenas de intenção de voto separam Obama e Romney, e por isso os candidatos investiram centenas de milhões de dólares em eventos de campanha nesses locais.
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O número de estados considerados indecisos varia de acordo com cada análise para as eleições deste ano. Mas a Flórida, quase igualmente dividida entre republicanos e democratas, é apontada como o estado indeciso mais importante para os candidatos. Em 2000, o republicano George W. Bush ganhou o colégio eleitoral da Flórida e assim conseguiu os votos necessários para se tornar presidente.
Maioria – Por enquanto, os democratas são maioria nos chamados estados-chave, onde não há prevalência de nenhum partido e que serão fundamentais para decidir o resultado da disputa. Na Flórida, por exemplo, onde as pesquisas dão ligeira vantagem a Mitt Romney, votaram cerca de 4,5 milhões de pessoas, sendo 43% registrados como democratas e 39% como republicanos.
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Em Ohio, considerado o provável fiel da balança na disputa pelo número mágico de 270 votos do colégio eleitoral que garante a vitória (o estado dará 18 votos a um dos candidatos pelo colégio eleitoral), já votaram 1,7 milhão das 7,9 milhões de pessoas registradas para comparecer às urnas. Os democratas também têm uma pequena maioria: 29%, contra 23% de republicanos em Ohio. Os democratas também levam vantagem em Iowa, onde 42% dos 640.000 eleitores são registrados pelo partido, contra 32% de republicanos.
Voto antecipado – Dados da Universidade George Mason divulgados na véspera da eleição apontam que mais de 31 milhões de eleitores já votaram de maneira antecipada em 34 dos 50 estados e no Distrito de Colúmbia, onde fica a capital Washington. Mais de 207 milhões de cidadãos podem votar nos EUA, mas como o voto não é obrigatório, a participação costuma ser bem menor – na eleição de 2008, que bateu todos os recordes de comparecimento, mais de 131 millhões votaram, cerca de 64% do eleitorado à época.
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Em muitos estados, os americanos podem votar antecipadamente, pelo correio ou pessoalmente, mas a apuração só começa após o fechamento das urnas no dia da eleição. No entanto, como os eleitores podem optar por registrar-se vinculados a um partido e essa informação é divulgada, é possível medir a participação de ambas as legendas.
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