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Uribe denunciará Chávez em Haia por genocídio

Por Jadyr Pavão
4 mar 2008, 17h16

O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, afirmou nesta terça-feira que pretende levar Hugo Chávez ao Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, devido às conexões do venezuelano com os terroristas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “A Colômbia propõe denunciar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no Tribunal Penal Internacional por patrocinar e financiar o genocídio’, disse Uribe, segundo a rede britânica BBC.

A acusação está baseada nos documentos encontrados no laptop do número 2 das Farc, Raúl Reyes, morto no sábado em uma ofensiva colombiana em território equatoriano. Entre os documentos apreendidos, a Colômbia diz ter encontrado a prova de que a Venezuela deu às Farc 300 milhões de dólares. Mais cedo, o vice-presidente colombiano, Francisco Santos, revelou em Genebra que também foram encontradas evidências de que os terroristas tinham planos para a construção de uma bomba com tecnologia radioativa.

Crise – A ação colombiana em solo equatoriano abriu uma crise diplomática entre os países. Nesta segunda-feira, o Equador anunciou o rompimento dos laços com o vizinho. Chávez, por sua vez, saiu em defesa do Equador, atacando duramente Uribe e movendo tropas para a fronteira com a Colômbia – apesar de a Venezuela não ter qualquer relação com o episódio.

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A despeito ainda da movimentação de tropas venezuelanas e equatorianas, o presidente Uribe afirmou que a guerra com os vizinhos “não interessa” a seu país. Ele disse também que busca “a derrota do terrorismo pelas vias militar e jurídica” e que não mobilizou seu Exército para a região fronteiriça.

OEA – Na reunião do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), nesta terça em Washington, o embaixador da Colômbia voltou a pedir desculpas ao Equador pela invasão do território na operação de sábado, mas frisou que seu país tem “sérios indícios” de que há outros acampamentos das Farc naquele estado. Camilo Ospina pediu ainda que se investigue a ligação dos terroristas com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Ospina também criticou a suposta falta de empenho de Caracas e Quito na repressão à guerrilha. “Que coragem demonstraram os presidentes de Equador e Venezuela para expulsar nossos embaixadores representantes de uma democracia legítima! Quem dera demonstrassem semelhante coragem para expulsar os terroristas do seu território”, afirmou.

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A representante do Equador, por sua vez, pediu ao conselho que condene a incursão da Colômbia em seu território. María Isabel Salvador, ministra equatoriana das Relações Exteriores, pediu, porém, uma solução “pacífica” para o conflito e condenou as atividades das Farc.

EUA – No terceiro dia da crise, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou “total apoio” a Uribe. Bush acusou o governo venezuelano de realizar “manobras provocativas” contra a Colômbia. Ele afirmou ainda que “seu país se opõe a qualquer ato de agressão que possa desestabilizar a região”.

O presidente americano também pediu ao Congresso dos EUA que aprove o tratado de livre comércio (TLC) que o governo tem pendente com a Colômbia. Na visão de Bush, isso seria uma demonstração inequívoca de apoio ao país sul-americano.

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