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União Europeia prepara retirada de seus diplomatas da Síria

EUA e países do Golfo Pérsico já buscaram embaixadores por temer a violência

Por Da Redação
8 fev 2012, 15h11

A União Europeia (UE) está se preparando para, se considerar necessário, retirar da Síria diplomatas e cidadãos do bloco diante do agravamento da situação no país árabe. Um grupo de analistas foi enviado a Damasco nesta quarta-feira para preparar uma possível saída de cidadãos europeus e reforçar suas delegações no Líbano e na Jordânia.

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Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.400 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
  3. • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.

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Segundo uma fonte da diplomacia da UE, os planos levam em conta “os piores cenários possíveis” e estão sendo aplicados após os pedidos de vários estados-membros para que Bruxelas coordene o atendimento consular diante da crise síria, que já provocou o fechamento da embaixada dos EUA no país e a retirada de embaixadores dos países do Golfo Pérsico.

Por enquanto, e apesar de vários estados-membros também terem convocado seus embaixadores a se retirar da Síria, a União Europeia manterá o seu representante no posto. “Muitos membros da oposição síria nos pediram para ficar”, explicou outra fonte diplomática. Os contatos do bloco europeu com os grupos opositores ao regime de Bashar Assad continuam mesmo diante da deterioração da situação do país.

Resolução – De acordo com essa mesma fonte, não está prevista uma nova tentativa de condenação do regime nas Nações Unidas após o veto da Rússia e da China, no último sábado, à resolução que previa a saída do ditador do poder. Mas a comunidade internacional ainda busca uma saída para a crise. Para isso foi marcada uma reunião entre a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o da Liga Árabe, Nabil El Araby. Também será estudada a hipótese de criar um “grupo de contato” que reúna parte da comunidade internacional, semelhante ao que foi feito no caso da Líbia.

No entanto, a União Europeia procura evitar qualquer comparação entre os dois conflitos, pois segundo lembraram nesta quarta-feira fontes europeias, a experiência líbia é um dos motivos pelos quais a Rússia e a China se negaram a aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU. “A Síria não é a Líbia”, insistiram as fontes, que lembraram que todos os países europeus disseram que a opção militar neste caso “está excluída”.

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Bruxelas também é contra a ideia de armar os opositores para enfrentar o regime de Assad, como reivindicaram alguns congressistas americanos, entres o senador John McCain, candidato à Presidência derrotado em 2008 por Barack Obama. A União Europeia, porém, prepara uma nova rodada de sanções contra a Síria, como outras fontes haviam assegurado nos últimos dias. Entre as propostas está a de vetar as transações com o Banco Central sírio, o comércio de ouro e metais preciosos do país e proibir as importações de fosfato, uma importante fonte de renda para Damasco.

Mortes – Enquanto isso, ao menos 50 pessoas morreram nesta quarta-feira em Homs, principal enclave da oposição na Síria, pelos bombardeios lançados pelas tropas leais ao regime sírio, que acusou “grupos terroristas” de explodir um carro-bomba e lançar mísseis contra a cidade. Segundo o grupo opositor Comissão Geral da Revolução, entre as vítimas há 21 crianças e cinco mulheres.

(Com agência EFE)

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