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União Europeia cobra que Pfizer e AstraZeneca entreguem vacinas sem atraso

Farmacêuticas anunciaram que não conseguirão entregar o número de vacinas que o bloco havia adquirido dentro do cronograma

Por Da Redação
Atualizado em 19 mar 2021, 15h37 - Publicado em 26 jan 2021, 12h33

As farmacêuticas AstraZeneca e Pfizer/BioNTech estão sob pressão na Europa após terem anunciado atrasos na produção de suas vacinas e um menor número de imunizantes em estoque, bem abaixo do montante acordado com a União Europeia. Pouco após o anúncio, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta terça-feira, 26, que os laboratórios devem honrar os compromissos assumidos. 

“A Europa investiu bilhões para desenvolver as primeiras vacinas contra a Covid-19. Agora, as empresas devem manter suas promessas e honrar suas obrigações”, afirmou Von der Leyen, em um discurso por videoconferência no Fórum Econômico Mundial de Davos.

Com a AstraZeneca, a União Europeia havia adquirido 300 milhões de doses com a opção de pedir mais 100 milhões. Após o acordo, o farmacêutica afirmou, em um comunicado, que a linha de produção da vacina estava comprometida por um erro técnico, e que não iria conseguir entregar as doses na quantidade que fora combinada.

“Nós iremos prover dezenas de milhões de doses em fevereiro e março para a União Europeia, ao mesmo tempo em que continuamos a aumentar o volume de produção”, afirmou a farmacêutica.

Em nota publicada na segunda-feira, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, afirmou que “os atrasos nas entregas das vacinas contra a Covid-19 anunciados pelo laboratório da AstraZeneca são inaceitáveis”.

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“O novo cronograma de entregas é inaceitável. A União Europeia quer saber quantas doses foram produzidas, onde e a quem foram entregues. As respostas não têm sido satisfatórias até agora”, disse.

A Pfizer, por sua vez, havia anunciado no dia 15 de janeiro que teria que diminuir a quantidade de vacinas que seriam produzidas em 2021. Apesar de afirmar que irá cumprir com o prazo de entregas do primeiro trimestre, ao todo, a farmacêutica irá conseguir produzir apenas dois bilhões de doses até o fim do ano, cerca de 1.3 bilhão a menos do que havia prometido.

A União Europeia já autorizou duas vacinas para conter a pandemia (as da Pzifer/BioNTech e Moderna), e espera aprovar a da AstraZeneca nesta semana com o entendimento de que a produção e distribuição permitiriam a implantação imediata. Enquanto a autorização da entidade regulatória é esperada na sexta-feira, Von der Leyen telefonou para o chefe do laboratório na segunda para lembrá-lo de “que a UE investiu quantias significativas (…) precisamente para garantir que a produção aumentasse” antes da comercialização.

“Por isso, vamos montar um mecanismo de transparência nas exportações de vacinas”, visando a identificar as entregas fora da UE de doses produzidas na Europa, lembrou a chefe do Executivo europeu em seu discurso nesta terça.

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Ela também voltou a ressaltar que Bruxelas está ajudando a promover a implantação da vacinação em escala global.

“Devido às cadeias produtivas planetárias, a saúde dos nossos cidadãos e a recuperação econômica global andam de mãos dadas (…) Na aliança Covax, a UE, junto com 186 Estados, garantirá milhões de doses para países de baixa renda”, disse.

“Nenhuma empresa privada, ou autoridade pública, pode atingir o desenvolvimento tão rápido de uma vacina por conta própria”, observou Von der Leyen, destacando que a parceria público-privada deve ser um modelo para “grandes riscos futuros”.

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