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União Europeia aumenta pressão sobre Irã e aprova novas sanções

Por Da Redação
1 dez 2011, 15h51

Bruxelas, 1 dez (EFE).- Os países da União Europeia (UE) aumentaram sua pressão sobre o Irã nesta quinta-feira, com uma nova rodada de sanções contra seu programa nuclear, e acordaram continuar endurecendo sua postura com novas medidas destinadas a dificultar o financiamento do regime.

Os ministros de Relações Exteriores dos 27 países acrescentaram 180 entidades e indivíduos a sua lista de sancionados por vínculos com o desenvolvimento atômico de Teerã, em um movimento preparado durante semanas para responder ao último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Esse documento, que acusa o Irã de ter desenvolvido tecnologia necessária para fabricar armas nucleares, convenceu a UE sobre a necessidade de avançar com as sanções diplomáticas e atacar a economia iraniana para forçar o Governo a cooperar.

Assim, os ministros acordaram por escrito trabalhar em novas medidas a para ‘afetar severamente o sistema financeiro iraniano e os setores dos transportes e energia’.

‘O detalhe do que exatamente será feito cabe agora aos analistas técnicos, que decidirão o que funcionará, que é apropriado para os Estados da União Europeia e o efeito que terá no Irã’, explicou ao término do encontro a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

Vários países, liderados pela França, reivindicam com insistência um embargo europeu às importações de petróleo iraniano, uma medida que tem a resistência de outros parceiros que temem o impacto que poderia ter em sua provisão.

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O petróleo iraniano representou em 2010 somente 5,7% do total importado pela União Europeia, mas sua proporção é muito maior em países como Espanha, Itália e Grécia.

No último ano, o Irã foi o primeiro fornecedor de petróleo a Espanha (14% do total), de acordo com a Comissão Nacional de Energia.

Neste sentido, a ministra espanhola interina de Relações Exteriores, Trinidad Jiménez, reconheceu que se as restrições sobre o petróleo iraniano fossem adotadas hoje, talvez ‘teriam provocado algum tipo de disfunção no fluxo comercial de petróleo’ no país.

‘Trabalhamos para que isto aconteça dentro de dois meses, temos mecanismos alternativos para poder buscar uma solução e que isto não seja prejudicial para os interesses de nossos próprios países’, assegurou.

De acordo com várias fontes, não foi a Espanha, mas a Grécia, que freou uma postura mais agressiva. O país, que compra petróleo do Irã em condições vantajosas para sua maltratada economia, apresentou nesta quinta-feira certo número de reservas, segundo explicou aos jornalistas o ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé.

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Além disso, alguns países duvidam sobre o impacto real que o bloqueio europeu poderia ter enquanto não houvesse medidas similares por parte da China, o principal cliente do Irã.

De acordo com o pacto desta quinta-feira, a Europa trabalhará também em possíveis sanções contra as finanças iranianas, incluindo seu Banco Central, como reivindicou o Reino Unido, depois que na segunda-feira sua embaixada em Teerã foi invadida por estudantes islâmicos sem que as autoridades do país os detivessem.

Os 27 se uniram nesta quinta-feira para condenar essa agressão, que classificaram como uma ação contra a UE em seu conjunto, e se comprometeram a tomar as medidas necessárias para uma resposta. Embora não tenham pactuado uma atuação comum, a maioria dos países tem decidido convocar seus embaixadores em Teerã como medida de pressão, afirmou Trinidad Jiménez.

A Espanha decidiu deixar em suspenso a incorporação de seu novo e já nomeado embaixador e pedir explicações à legação diplomática iraniana em Madri. EFE

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