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Unesco premia a Avós da Praça de Maio por sua ‘lição de humanidade’

Por Por Gabriela Calotti
14 set 2011, 14h47

A presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, recebeu nesta quarta-feira o Prêmio Félix Houphouet-Boigny pela Paz dado pela Unesco, que, através de sua diretora, Irina Bokova, agradeceu a “lição de humanidade” que essa entidade humanitária deu ao mundo inteiro.

Durante a cerimônia na qual a presidente argentina, Cristina Kirchner, e outras três avós e oito dos 105 netos recuperados desde 1977 participaram, Estela de Carlotto expressou sua “enorme emoção” e agradeceu “Cristina e Néstor”, ex-presidente argentino morto em 2010.

Depois de se referir à “ternura que sempre desperta a palavra avó”, esclareceu que “essa imagem é o oposto do que são as Avós da Praça de Maio”, que “estão em incessante peregrinação em busca de seus netos”.

“Toda nossa trajetória foi para lutar contra a impunidade (…) sem pensar que seria uma missão eterna”, declarou diante do auditório lotado.

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“Faltam ainda 400. Se devolverem sua identidade, eles se tornarão livres”, afirmou Estela de Carlottom que continua procurando seu neto Guido, minutos depois de receber o prêmio do presidente do júri, o ex-presidente português Mario Soares, enquanto em um canto da sala um grupo repetia em voz alta: “Avós da Praça, o mundo as abraça”.

Bokova, chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), enfatizou “a luta sem descanso nem renúncia” empreendida há 30 anos pelas Avós da Praça de Maio.

“Obrigada por essa lição de humanidade”, afirmou Bokova, antes de abraçar Estela de Carlotto, que, pouco depois, deu de presente um lenço branco, símbolo das Avós da Praça de Maio.

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“Que mãe poderá esquecer quando viu sua filha sequestrada e enfiada na mala de um carro? Ninguém pode esquecer isso”, afirmou Bokova, acrescentando que “a paz não é uma palavras, é um comportamento”.

A entidade foi criada em 22 de outubro de 1977 para localizar e restituir a suas verdadeiras famílias cerca de 500 netos roubados pela ditadura militar (1976-1983).

O prêmio Félix Houphouet-Boigny foi criado em 1989 pela Unesco e leva o nome do ex-presidente da Costa do Marfim morto em 1993. O prêmio se constitui de 150.000 euros.

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