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Unesco pede medidas para salvar Machu Picchu

Por Por Roberto Cortijo
26 Maio 2012, 16h13

Uma missão da Agência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostrou-se preocupada após uma avaliação da preservação do sítio arqueológico de Machu Picchu, no Peru, e recomendou medidas de emergência contra a expansão desordenada do povoado de Aguas Calientes, que ameaça a cidadela inca, e a construção de uma via alternativa até o santuário.

“As autoridades para proteger o sítio arqueológico de Machu Picchu, situado na região de Cuzco (sudeste), precisam tomar medidas de emergência rigorosas com relação ao crescimento desordenado do povoado de Águas Calientes”, alertou Nuria Sanz, chefe para a América Latina e o Caribe da Unesco.

O povoado de Águas Calientes, situado na parte baixa do complexo arqueológico, se tornou uma ameaça para o sítio por seu crescimento desordenado em número de habitantes, hotéis, restaurantes e comércio informal.

“É preciso gerar uma dinâmica que permita um controle e regulamento exigente de respeito com o sítio, às autoridades pelo esforço que fazem, de respeito com o turista e serviços”, disse Sanz à imprensa.

O objetivo da visita da missão, celebrada entre segunda e quarta-feira, foi o de “colaborar” com as autoridades e encontrar a melhor solução para a conservação de Machu Picchu, destacou a Unesco.

Sobre a zona de amortecimento, ameaçada com a construção de uma estrada alternativa de acesso ao santuário, Sanz afirmou que se recomenda à Unidade de Gestão do Santuário Histórico de Machu Picchu (UGM) o aporte de especialistas em geodinâmica, infraestrutura hidráulica e de comunicação para fazer uma avaliação técnica.

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As autoridades regionais devem estabelecer políticas que impulsionem um crescimento ordenado da economia nesta zona de amortecimento e não esperar que se torne uma “Águas Calientes II”, destacou a missão.

Também se recomendou ao governo peruano a criação de um painel internacional de assessores e técnicos que execute os planos de conservação de Machu Picchu.

O Ministério da Cultura informou que a Unesco descartou, em seu relatório, que exista algum alerta ou sinal de alerta que ponha em risco a infraestrutura do complexo arqueológico.

No entanto, o ministério destacou, em nota, que a missão apresentou o relatório preliminar às autoridades da UGM e também recomendou “tomar medidas de emergência rigorosas” diante do crescimento desordenado do povoado de Águas Calientes.

Os especialistas da Unesco divulgarão um primeiro relatório de avaliação da conservação de Machu Picchu dentro de duas semanas e terão pronto o relatório final dentro de sete meses, pois reuniram muitos documentos que ainda precisam analisar, segundo a agência oficial Andina.

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Não é a primeira vez que a Unesco alerta para o crescimento desordenado do povoado e para a construção da via alternativa. No entanto, até o momento as autoridades locais não atenderam as recomendações.

A famosa cidadela, construída no século XV pelo imperador inca Pachacutec, foi declarada patrimônio cultural da humanidade em 1983.

Nos últimos anos foi apresentada uma série de observações relativas à acessibilidade do sítio, o manejo dos resíduos deixados pelos turistas e sua gestão por parte das autoridades locais.

A cidade de pedra de Machu Picchu (que significa Montanha Velha), erguida no topo de uma montanha de 2.400 metros de altitude, foi um centro cerimonial ou sítio de descanso para nobres incas. Especialistas descartam que tenha sido uma fortaleza militar.

Machu Picchu, cuja superfície foi edificada em pedra, tem 530 metros de extensão por 200 de largura, uma área de terraços agrícolas e outra de cômodos, além de 172 edifícios, no total, dentro de um santuário de 32.500 hectares.

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