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Unesco chama de ‘crime de guerra’ destruição de sítio arqueológico pelo EI

Após a destruição das ruínas de Nimrud pelos terroristas do Estado Islâmico, Irina Bokova, chefe do órgão da ONU, fez um apelo para que os patrimônios da humanidade sejam protegidos

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h23 - Publicado em 6 mar 2015, 20h48

A Unesco considerou a destruição do sítio arqueológico de Nimrud por terroristas do Estado Islâmico um “crime de guerra” e pediu que os patrimônios da humanidade sejam protegidos. “Condeno com a maior firmeza a destruição de Nimrud. Esse novo ataque contra a cidade iraquiana é mais uma prova de que a limpeza cultural da qual o Iraque é alvo não para”, afirmou a diretora do órgão da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Irina Bukova.

Ela ressaltou que os terroristas querem acabar “com a vida humana e as minorias” e, para isso, empregam “a destruição sistemática de um patrimônio milenar da humanidade”. “Não podemos permanecer em silêncio. A destruição deliberada do patrimônio cultural constitui um crime de guerra. Faço um pedido a todos os representantes políticos e religiosos da região a se posicionar contra esse novo ato de barbárie e lembrar que não existe justificativa política nem religiosa para destruir o patrimônio cultural da humanidade’, disse.

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Para Irina, instituições culturais, museus, jornalistas, professores e cientistas devem compartilhar e falar ainda mais da importância desse patrimônio da civilização mesopotâmica, porque “a loucura criminal de destruir a cultura” é combatida “com mais cultura e com uma mobilização sem precedentes”. “A comunidade internacional deve unir esforços em solidariedade ao governo e ao povo iraquiano para impedir essa catástrofe”, enfatizou.

As ruínas assírias de Nimrud não foram o único patrimônio arrasado pelo Estado Islâmico. O grupo havia divulgado um vídeo na semana passada mostrando a derrubada de esculturas pré-islâmicas de valor incalculável em Mosul, na região norte do Iraque. Os loucos jihadistas afirmam que os antigos sítios arqueológicos incentivam o abandono da fé.

No ano passado, os jihadistas tinham explodido a Mesquita do Profeta Younis e a Mesquita do Profeta Jirjis, dois antigos santuários que eram venerados em Mosul. Também ameaçaram extinguir o Minarete Torto, de 850 anos, mas os moradores cercaram a estrutura, evitando a aproximação dos extremistas.

Nimrud – As descobertas dos tesouros do parque de Nimrud na década de 1980 são consideradas as mais importantes do século 20. Fundada há mais de 3.300 anos, a cidade foi a segunda capital do império assírio. Destruída em 612 d.C, está localizada à margem do rio Tigre, ao sul da segunda maior cidade do Iraque, Mosul, que foi tomada pelo Estado Islâmico em junho.

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Suzanne Bott, diretora do projeto de conservação do patrimônio para o Iraque e Afeganistão da Universidade de Arquitetura, Planejamento e Arqueologia do Arizona, descreveu Nimrud como uma das quatro principais capitais assírias onde se praticava a medicina, astrologia, agricultura e comércio. “O local é realmente conhecido como o berço da civilização ocidental e é por isso que esta perda é tão devastadora”, disse.

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(Com Estadão Conteúdo)

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