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Um mês após derrota, Trump publica longo vídeo alegando fraude eleitoral

Não há evidências de que os votos foram comprometidos, mas presidente ataca democracia dizendo que sistema eleitoral está 'sob ataque'

Por Da Redação
3 dez 2020, 18h03

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou na quarta-feira 2 um vídeo de 46 minutos alegando, sem provas, que houve fraude eleitoral na disputa pela Casa Branca, há um mês. Escalando seu ataque à democracia, declarou que o sistema eleitoral do país está “sob ataque e cerco coordenados”, argumentando que era “estatisticamente impossível” ele ter perdido para Joe Biden.

Em um monólogo combativo, que o Twitter rotulou como “duvidoso”, o republicano voltou a defender a reversão de sua derrota, mesmo após a rejeição de suas contestações judiciais em tribunais. Estados-chave como Geórgia, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin e Arizona já confirmaram pela segunda vez a vitória de Biden.

Até mesmo Trump autorizou na semana passada que seu governo cooperasse com a equipe de transição de Biden. Mesmo assim, recusou-se a admitir oficialmente os resultados e ontem ameaçou obstruir uma transferência pacífica de poder.

“Esta eleição foi fraudada. Todo mundo sabe disso”, disse Trump, no vídeo. “Se não erradicarmos a fraude, a fraude tremenda e horrível que ocorreu em nossa eleição de 2020, não teremos mais um país”, completou, acusando de conspiração a empresa Dominion Voting Systems, que fabrica urnas eletrônicas usadas em muitos estados.

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Não há evidências de que os votos foram comprometidos, e a empresa disse que não há mérito nas alegações de Trump. Biden obteve 306 votos do colégio eleitoral contra 232 de Trump, e no voto popular, Biden lidera com 80,9 milhões contra 74 milhões de Trump.

Desde o pleito do dia 3 de novembro, o republicano limita ao máximo suas aparições públicas, limitando sua comunicação a tuítes furiosos sobre supostas fraudes – que até alguns de seus aliados, como o secretário de Justiça, William Barr, refutamO vídeo publicado na quarta-feira contém seus comentários mais abrangentes sobre a eleição até agora e frustra a esperança de que o presidente estivesse aceitando sua perda aos poucos.

Apesar dos fracassos nos tribunais, a briga está rendendo frutos. Por meio de apelos enganosos e notícias falsas, a campanha do republicano arrecadou mais de 170 milhões de dólares de seus apoiadores desde o dia da eleição – uma realidade alternativa, segundo o jornal americano The Washington Post.

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Depois que Trump publicou o monólogo, seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, alegou em uma videoconferência que havia grandes irregularidades nas votações de Michigan, em um padrão que seria semelhante a vários outros grandes centros urbanos com governos municipais controlados por democratas.

“Era um plano para roubar esta eleição”, disse Giuliani. Não há evidências para confirmar esta afirmação.

Além disso, o republicano parece querer deixar todas as portas abertas. De acordo com a emissora NBC, Trump discutiu com familiares e amigos a possibilidade de anunciar o lançamento de sua próxima campanha presidencial em 20 de janeiro, no mesmo dia em que Biden tomará posse como o 46º presidente dos Estados Unidos. Seu precedente: Grover Cleveland, presidente reeleito sem ser de maneira consecutiva no final do século 19, já que a Constituição americana permite dois mandatos, sem serem necessariamente seguidos.

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