Um ano depois do desaparecimento, familiares dos passageiros do voo MH-370 reclamam de abandono
Pessoas próximas dos passageiros reclamam de pouca transparência e falta de informações sobre o caso
Um ano depois do desaparecimento do avião MH-370 da Malaysia Airlines, o caso continua sendo um mistério. As equipes de busca, dirigidas por Austrália, Malásia e China, ainda não encontraram restos do Boeing 777 no Oceano Índico. Os familiares e amigos dos passageiros reclamam da gestão do governo malasiano, que declarou em 28 de fevereiro de 2015 que o caso fora um “acidente” e que a chance de encontrar sobrevivente seria “altamente improvável”.
A principal queixa dos parentes dos desaparecidos é o abandono das autoridades malasianas: não há explicações convincentes sobre as buscas desde o ano passado. “O governo malaio foi muito insensível. É difícil confiar no que eles dizem. A gestão carece de transparência e nos leva a suspeitar que as explicações não são sinceras”, afirmou o indiano KS Narendran, marido de uma das mulheres desaparecidas.
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A aeronave, que decolou em Kuala Lumpur com destino a Pequim, com 239 pessoas desapareceu em 8 de março de 2014 depois de, segundo especialistas, mudar de rumo em uma “ação deliberada”‘, e de alguém apagar os sistemas de comunicação. Ainda de acordo com os técnicos, o satélite Immarsat continuou a receber sinais sem informação sobre sua localização e sabe que o avião voou durante pelo menos seis horas até ficar sem combustível sobre o Índico.
Muitos familiares dos passageiros desconfiam da versão. “Não há evidências concretas de que o avião esteja lá, como também não há evidências de que houve um acidente. As autoridades malaias deram sua versão e a repetiram várias vezes até que as pessoas começaram a acreditar, apesar de não ser verdade o que eles disseram”, afirmou a americana Sarah Bajc, esposa de um dos passageiros.
O governo malaio e os responsáveis da Malaysia Airlines negam as críticas e afirmam que declararam o desaparecimento como acidente para que as famílias pudessem pedir as indenizações do seguro. O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, expressou neste domingo o compromisso de continuar as buscas pelos destroços. “Não há palavras para descrever a dor dos familiares que estavam a bordo. Junto dos nossos parceiros internacionais, acompanhamos a pouca evidência que temos. A Malásia continua comprometida com a busca e esperançosa de que o MH370 será achado”, afirmou