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Ultimato expira e forças do CNT se preparam para ofensiva

Por Por Andrew BEATTY
10 set 2011, 20h10

As forças da nova autoridade líbia esperam o sinal verde de seu comandante neste sábado para iniciar a ofensiva contra os últimos redutos do antigo líder, agora foragido, Muamar Kadhafi, findo o ultimato fixado para a rendição.

O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafá Abdel Jalil, chegou neste sábado a Trípoli para visitar a capital líbia pela primeira vez depois da revolta contra Kadhafi.

Jalil foi recebido por membros do CNT na base militar de Metiga, leste de Trípoli. Seu avião chegou a Misrata (leste de Trípoli), onde fez escala depois de deixar a cidade de Benghazi, reduto do CNT nesta região.

Ao chegar, declarou que agora corresponde aos comandos militares no terreno decidir quando atacar os redutos kadhafistas, depois de expirado o ultimato para a rendição.

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“Na noite passada, o ultimato expirou. Agora, a situação está nas mãos dos combatentes revolucionários. Falamos com eles e damos a opção de decidir (o ataque) quando quiserem”, explicou.

Jalil se referia aos principais redutos que ainda estão sob controle das tropas kadhafistas: Sirte (a 360 km al este de la capital, Bani Walid e Sebha.

Segundo a imprensa no local, a aparente calma na região é pontuada por tiros esporádicos de armas automáticas e de artilharia posicionada no front ao oeste do Vale Vermelho, aproximadamente 60 km a leste de Sirte, onde comboios de combatentes esperam a ordem para avançar.

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O ambiente é parecido no leste de Bani Walid, 70 km ao leste, onde é possível escutar tiros ao longe enquanto aviões da Otan sobrevoam a área.

Em outro front de Bani Walid, as forças do CNT esperam a 30 km de distância da cidade que poderá ser atacada a qualquer momento.

Por volta das 15h15 GMT (12h15 de Brasília), três veículos pertencentes às forças kadhafistas foram destruídos pela aviação da Otan, constatou um jornalista da AFP.

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Segundo um comandante da frente, que pediu para não ser identificado, não haverá uma “grande ofensiva antes de uma semana”.

Os combatentes do CNT contaram que houve combates noturnos entre “células dormentes” e de seguidores de Kadhafi dentro e próximo da cidade. Os pró-CNT anunciaram um reforço nas posições conquistadas, mas reconheceram que existe uma resistência feroz.

Na sexta-feira, combatentes entraram em Bani Walid para tentar acabar com disparos de foguetes e no Vale Vermelho, onde os pró-Kadhafi lançaram um violento contra-ataque nesta linha de defesa essencial que haviam perdido na quinta-feira.

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“A ofensiva vai acontecer, mas são os militares no local que decidirão quando ela será lançada”, declarou à AFP o chefe dos negociadores do CNT, Abdallah Kenchil, afirmando ainda que não haverá um novo ultimato.

Os procedimentos de uma ofensiva são uma incógnita, pois as forças do novo regime temem que os seguidores de Kadhafi possam utilizar civis como escudos humanos.

“Nós estamos em uma posição capaz de agir em todas as direções. Quanto ao lançamento desta operação militar, será uma surpresa”, disse na sexta-feira à noite o comandante Salem Jeha, influente membro do conselho militar de Misrata.

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Milhares de combatentes do CNT – entre 12.000 e 18.000, segundo as fontes – estão reunidos em Misrata e estão bem armados e equipados, preparados para combates no deserto ao sul e na região costeira na direção de Sirte.

O ex-ministro da Justiça de Kadhafi, que aderiu à revolta nos primeiros dias, lembrou que a transferência definitiva do CNT para Trípoli acontecerá apenas após a libertação total do país.

Em Washigton, o presidente Barack Obama aceitou as credenciais do novo embaixador da Líbia, Ali Suleiman Aujali, que já era embaixador do regime do coronel Kadhafi em Washington antes da queda do regime.

“Enquanto o CNT fizer uma transição política democrática, na qual os Direitos Humanos sejam respeitados e promovidos, encontrará nos Estados Unidos um aliado sólido”, prometeu o Conselho de Segurança Nacional Americano.

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan deve chegar à Líbia na próxima segunda-feira, a primeira visita de um chefe de Governo estrangeiro depois da queda de Kadhafi.

Já o primeiro-ministro de Guiné Bissau, Carlos Gomes Júnior, declarou neste sábado que seu país receberia o ex-líder líbio “de braços abertos” e que “sua segurança” seria garantida.

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