Diante da impossibilidade de formar um novo Executivo em Israel, a ministra de Assuntos Exteriores e candidata à chefia do Governo, Tzipi Livni, recomendou ao presidente israelense, Shimon Peres, a antecipação das eleições parlamentares para fevereiro do próximo ano. De acordo com Tzipi, ela preferiu adiantar o processo eleitoral a “sofrer extorsão contínua” do partido ultra-ortodoxo Shas, que não se juntou à coalizão governamental proposta pela ministra. Há semanas, Tzipi negocia para a formação de um governo em Israel e defende o acordo de paz com os palestinos ainda este ano.
Agora, a decisão de convocar as eleições um ano antes do previsto, já no início de 2009, está nas mãos de Peres, que tem um prazo de três dias para consultar a decisão com os 13 partidos representados no Parlamento israelense. A ministra está otimista e diz apostar na vitória de seu partido (Kadima) na eleição parlamentar. No entanto, as pesquisas de opinião indicam que essa eleição pode ser vencida pelo partido direitista do ex-premiê Benjamin Netanyahu, que se opõe a grandes concessões territoriais aos palestinos.