Tutu pede fim das brigas entre familiares de Mandela
Nobel da Paz diz que discórdia é como 'cuspir na cara' de sul-africano
Por Da Redação
5 jul 2013, 10h46
Desmond Tutu no dia 6 de novembro em Johannesburgo Stephane De Sakutin/AFP/AFP
Publicidade
Publicidade
1/47 2005 - O ex-presidente Sul-Africano Nelson Mandela cumprimenta fotógrafos em Johannesburgo (Mike Hutchings/Reuters/VEJA)
2/47 Presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em 1996 (Mike Hutchings/Reuters/VEJA)
3/47 Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, depois de ser conferido com doutorado honorário em Direito na Universidade de Galway, na Irlanda em 2003 (Paul McErlane/Reuters/VEJA)
4/47 2004 - O ex-presidente Sul-Africano Nelson Mandela sorri durante anúncio oficial de sua aposentadoria da vida pública em Johannesburgo (Mike Hutchings/Reuters/VEJA)
5/47 O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em Londres (Reuters/VEJA)
6/47 2011 - Michelle e Mandela leem juntos na residência do ex-presidente sul-africano (Debbie Yazbek / AFP/VEJA)
7/47 2003 - Nelson Mandela durante a comemoração de seu aniversário de 85 anos (Alexander Joe/Reuters/VEJA)
8/47 Crianças sul-africanas cantam em comemoração ao aniversário de 94 anos do ex-presidente do país, Nelson Mandela (Stephane De Sakutin/AFP/VEJA)
9/47 2011 - O ex-presidente dos EUA Bill Clinton visita Mandela um dia antes do sul-africano completar 94 anos (Divulgação/VEJA)
10/47 Nelson Mandela com membros da família durante comemoração de seu aniversário em sua casa na cidade de Qunu, na África do Sul (Nelson Mandela Foundation/ PETER MOREY/AFP/VEJA)
11/47 A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, visita Nelson Mandela em sua casa na África do Sul (Jacquelyn Martin/Reuters/VEJA)
12/47 2010 - Nelson Mandela comemorou os 20 anos de sua libertação da prisão com um jantar particular. O líder africano ficou preso durante o regime do apartheid por 27 anos (AFP/VEJA)
13/47 Mandela assiste à cerimônia de encerramento da Copa 2010 (AFP/VEJA)
14/47 Os integrantes do grupo Elders com Nelson Mandela (Divulgação/VEJA)
15/47 2008 - Nelson Mandela em Johanesburgo, África do Sul (Lionel Healing/AFP/VEJA)
16/47 O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em Londres, em imagem de junho de 2008 (Shaun Curry/AFP/VEJA)
17/47 2007 - Nelson Mandela em Johanesburgo, África do Sul (Peter Dejong/AP/VEJA)
18/47 2007 - Nelson Mandela durante seu 89º aniversário na Fundação Nelson Mandela para as Crianças, em Johanesburgo, África do Sul (Denis Farrell/AP/VEJA)
19/47 2006 - Nelson Mandela, após receber a Anistia Internacional em Johanesburgo, África do Sul (Siphiwe Sibeko/Reuters/VEJA)
20/47 2005 - Nelson Mandela e Pelé (Juda Ngwenya/Reuters/VEJA)
21/47 2003 - Rainha Elizabeth II e Nelson Mandela em Londres (Kirsty Wigglesworth/AP/VEJA)
22/47 2003 - Bono Vox e Nelson Mandela em jantar beneficiente na África do Sul (Getty Images/VEJA)
23/47 1998 - Nelson Mandela com sua esposa Graça Machel, no Palácio do Planalto, em Brasília (Ana Araujo/VEJA)
24/47 Nelson Mandela com Fernando Henrique Cardoso em Brasília (Ana Araujo/VEJA)
25/47 Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, e Nelson Mandela, em 2010 (Getty Images/VEJA)
26/47 1998 - Nelson Mandela beija criança durante cerimônia de boas vindas em Ottawa, Canadá (Dave Chan/AFP/VEJA)
27/47 1998 - Nelson Mandela, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, Hillary Clinton e Graça Machel (Scott Applewhite/AFP/VEJA)
28/47 1996 - Nelson Mandela com Michael Jackson na África do Sul (AFP/VEJA)
29/47 1996 - Nelson Mandela em um comício perto de Durban na África do Sul, onde foi preso em 1962 (Jantilal Rajesh/AP/VEJA)
30/47 1995 - Nelson Mandela visita sua antiga cela na Prisão Robben Island, África do Sul (AFP/VEJA)
31/47 1994 - Nelson Mandela com Whitney Houston em Johanesburgo, África do Sul (Reuters/VEJA)
32/47 1994 - Nelson Mandela faz juramento durante sua posse como primeiro presidente negro da África do Sul no Edifício União, em Pretória (AFP/VEJA)
33/47 1993 - Nelson Mandela e o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton (Greg Gibson/AP/VEJA)
34/47 1993 - Nelson Mandela durante a entrega do prêmio Nobel da Paz (Gerard Julien/AFP/VEJA)
35/47 1993 - Nelson Mandela e Muhammad Ali (Gluckstein Dana/Corbis Outline/VEJA)
36/47 1991 - Nelson Mandela em Havana, Cuba (Antonio Milena/VEJA)
37/47 1990 - Nelson Mandela (Hans Gedda/Sygma/Corbis/VEJA)
38/47 1990 - Nelson Mandela, alguns dias após sair da prisão (AFP/VEJA)
39/47 1990 - Vice-presidente do Congresso Nacional Africano (ANC), Nelson Mandela, fala para uma multidão em um comício em Port Elizabeth (Juda Ngwenya/Reuters/VEJA)
40/47 1990 - Nelson Mandela, após sair da prisão com a sua esposa Winnie (Sygma Corbis/Latinstock/VEJA)
41/47 1962 - Nelson Mandela (à esquerda), líder do Congresso Nacional Africano, partido que lutou pelo fim do apartheid na África do Sul, com os comandantes do exército da Argélia (Keystone/Getty Images/VEJA)
42/47 1961 - Nelson Mandela, durante discurso no Congresso Nacional Africano (Keystone/Getty Images/VEJA)
43/47 1960 - Nelson Mandela (I.D.A.F./SIPA/VEJA)
44/47 1960 - Nelson Mandela, durante conferência na África do Sul (Hulton Archive/Getty Images/VEJA)
45/47 1958 - Nelson Mandela ao sair de um tribunal de Pretória, África do Sul (Jurgen Schadeberg/Getty Images/VEJA)
46/47 1957 - Nelson Mandela durante o casamento com Winnie Mandela (AFP/VEJA)
47/47 1952 - Nelson Mandela treinando boxe (Hulton Archive/Getty Images/VEJA)
O arcebispo e Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu pediu, nesta sexta-feira, o fim das brigas entre os membros da família do ex-presidente Nelson Mandela. O vice-presidente da África do Sul, Kgalema Motlanthe, fez o mesmo apelo e disse que a disputa sobre o funeral de três filhos de Mandela “pode ser resolvida de uma maneira digna”.
“Por favor, por favor, por favor, podemos pensar não só em nós mesmos? É quase como cuspir na cara de Mandela”, disse Tutu em um comunicado. “Sua dor, agora, é a dor da nação – e do mundo. Queremos abraçá-los e apoiá-los, para fazer nosso amor a Mandela brilhar através de vocês. Por favor, podemos não manchar seu nome?”, completou o arcebispo que, como Mandela, ganhou o Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid.
Saúde – Enquanto isso, há dúvidas sobre o estado de saúde de Mandela, que está internado há quatro semanas em um hospital de Pretoria devido a uma infecção pulmonar recorrente. Um documento judicial apresentado pela família Mandela ao tribunal de Mthatha e divulgado na quinta-feira indicou que o ex-presidente está em “estado vegetativo irreversível”. O documento, com data de 26 de junho, informa que os médicos aconselharam os parentes de Mandela a desligar os aparelhos que o mantêm vivo. A família ainda não teria se decidido sobre esta possibilidade.
Continua após a publicidade
Porém, o presidente Jacob Zuma negou a informação de que Mandela estaria em estado vegetativo. “Madiba continua em estado crítico, mas estável. Os médicos negam que o ex-presidente está em um estado vegetativo”, disse em comunicado Zuma, que visitou o símbolo da luta contra o apartheid na quinta-feira. A CNN também informou nesta sexta, citando uma fonte anônima, que o tratamento de Mandela envolve diálise nos rins e que ele abre os olhos quando falam com ele. Segundo a fonte, ele não está em estado vegetativo.
Disputa – O documento com os detalhes do quadro clínico de Mandela foi entregue ao tribunal na semana passada, como parte do processo que parte da família movia contra o neto mais velho de Mandela, Mandla, de 38 anos – que acabou derrotado na Justiça.
Em 2011, Mandla transferiu os restos mortais de três filhos de Mandela (entre eles o de seu pai) de Qunu, onde o ex-presidente passou a infância, para a aldeia natal do ex-presidente e onde ele vive, Mvezo. Não houve consentimento da família, que o acusou de roubá-los para construir um memorial e lucrar com turismo. Dezessete parentes foram à Justiça para exigir a devolução dos corpos a Qunu. Na quarta-feira, um juiz ordenou que Mandla devolvesse os restos mortais a Qunu. Poucas horas depois, a polícia foi a sua propriedade em Mvezo para recuperá-los. Mandla acusa seus familiares de serem vingativos e de tentar controlar o legado de Mandela.
Os restos mortais em questão são de três filhos de Mandela: Thembekile, que morreu em 1969 em um acidente de carro; Makaziwe, que morreu com nove meses em 1948; e o pai de Mandla, Makgatho, morto em 2005 devido a doenças relacionadas à aids. Apesar de não ter dado instruções exatas sobre seu funeral, Mandela já expressou várias vezes seu desejo de ser enterrado em uma cerimônia simples em Qunu, junto a seus filhos. Na quinta-feira, os restos mortais foram enterrados novamente em Qunu, após serem submetidos a uma necropsia para confirmar sua legitimidade.
Revoltado com a sua derrota na Justiça, Mandla Mandel, organizou na quinta-feira uma coletiva de imprensa, exibida ao vivo para todo o país, para “acertar as contas” com vários membros da família.” Estou no centro do ataque de indivíduos que buscam um minuto de glória e atenção midiática às minhas custas”, afirmou. Embora tenha negado querer “lavar roupa suja em público”, atacou pessoalmente vários deles. As declarações não foram bem recebidas pelos sul-africanos.