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Turquia retoma bombardeios na fronteira com a Síria

Nova ofensiva ocorre menos de 24 horas depois da Turquia lançar explosivos na Síria em represália a um ataque do país vizinho que matou cinco civis

Por Da Redação
4 out 2012, 04h11

Menos de 24 horas depois de lançar explosivos no território sírio em represália a um ataque da artilharia do país vizinho, a Turquia voltou a bombardear a Síria na madrugada desta quinta-feira. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização de oposição ao ditador Bashar Assad, “vários soldados sírios morreram” no bombardeio das forças turcas, realizado na região de Rasm al Ghazal, próxima à cidade de Tall al Abyad, na fronteira entre Síria e Turquia.

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Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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A ação do Exército turco não se resumiu à madrugada. Pela manhã, o ataque foi retomado por baterias da artilharia turca baseadas em Akçakale, na zona da fronteira. O principal alvo foi a região do posto fronteiriço de Tall al Abyad, recente palco de combates entre tropas leais a Bashar Assad e rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL).

A Turquia já havia bombardeado na quarta-feira o país vizinho para responder aos disparos de artilharia sírios que mataram cinco civis na região da fronteira. Esta escalada no conflito entre os dois países teve início após disparos de morteiro terem atingido Akçakale, matando cinco civis e ferindo outros dez, segundo o governador da província turca de Sanliurfa, Celalettin Guvenc.

Reação – O primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, admitiu que o Exército bombardeou a Síria como represália pelo ataque a seu território. Erdogan pedirá ao Parlamento turco que autorize operações militares do lado sírio na fronteira, segundo jornais e TVs de Ancara – a Constituição turca prevê que qualquer operação militar no exterior deve ser autorizada pelo Parlamento.

O embaixador turco nas Nações Unidas, Ertugrul Apakan, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que adote as “medidas necessárias” para deter “este ato de agressão por parte da Síria contra a Turquia”. Em carta dirigida ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao embaixador da Guatemala, Gert Rosenthal, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança, Apakan afirmou que o ataque “constitui uma violação flagrante do direito internacional, assim como uma violação da paz e da segurança internacionais”.

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“A Turquia exige o fim imediato destas violações” e pede a adoção “das medidas necessárias para acabar com estes atos de agressão e para garantir que a Síria respeite a soberania, a integridade territorial e a segurança da Turquia”, afirma o documento. A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse que os Estados Unidos estão “indignados com os disparos sírios contra o outro lado da fronteira e lamentam as perdas de vidas humanas do lado turco”.

Otan – Os países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – da qual a Turquia faz parte – realizaram uma reunião de emergência em Bruxelas para discutir os disparos sírios. Todos eles manifestaram sua solidariedade à Turquia. Os aliados condenaram o incidente e exigiram o fim imediato de “atos agressivos” contra o país.

O incidente é o mais grave entre os vizinhos desde junho, quando a Síria derrubou um caça turco causando a morte de duas pessoas da tripulação. Na ocasião, Ancara também levou a questão à Otan, que condenou a ação das tropas sírias.

(Com agência France-Presse)

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