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Turquia proíbe venda de bebidas alcoólicas durante a madrugada

Lei aprovada pelo Parlamento também veta patrocínio de fabricantes de bebidas e imagens na TV. Opositores dizem que regras impõem agenda islâmica ao país secular. Novas regras entrarão em vigor depois da sanção do presidente

Por Da Redação
24 Maio 2013, 20h31

A Turquia aprovou nesta sexta-feira uma lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas entre as 22 horas e as 6 horas. O projeto foi apresentado pelo partido islâmico governista e acatado pela maioria dos parlamentares com a justificativa de que a população, especialmente os jovens, precisam ser protegidos dos efeitos nocivos do álcool, informou a rede britânica BBC. Para entrar em vigor, a nova legislação ainda precisa ser assinada pelo presidente Abdullah Gul. Para os críticos, as novas regras são uma tentativa de impor uma agenda islâmica no país secular, de maioria muçulmana.

O texto da lei aprovada pelo Congresso também impede que eventos realizados em território turco sejam patrocinados por fabricantes de bebidas alcoólicas. As garrafas de bebida deverão trazer avisos sobre os prejuízos causados à saúde e imagens de bebidas só poderão ser mostradas na TV se estiverem borradas – o que já ocorre com imagens de cigarros. A venda também não será permitida a menos de 100 metros de mesquitas e escolas. A lei também endureceu a punição a quem for flagrado dirigindo depois de beber. Se o nível de álcool no sangue for superior a 0,1%, o motorista poderá ser punido com até dois anos de prisão.

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‘Iogurte’ – Em um discurso recente, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, que não fuma e nem bebe, disse que o ayran, uma bebida não-alcoólica à base de iogurte, deveria ser considerada a “bebida nacional” dos turcos. O chefe da comissão de planejamento e orçamento, Lutfu Elva, do governista Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), defendeu a lei com o argumento de que restrições semelhantes foram adotadas em países escandinavos. Musa Cam, do oposicionista Partido do Povo Republicano, disse que a nova lei é “uma imposição religiosa e ideológica”. Também houve quem lembrasse que as novas regras podem afetar o turismo.

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