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Turquia: prisão de presidente da Anistia causa protestos

Organização Human Rights Watch exigiu a libertação imediata de Taner Kiliç. Estados Unidos declararam profunda preocupação com a detenção

Por Da redação
8 jun 2017, 17h50

A organização não governamental Human Rights Watch (HRW) exigiu nesta quinta-feira que a Turquia liberte “de forma imediata” o presidente da Anistia Internacional (AI) no país, Taner Kiliç, detido na terça-feira sob a acusação de golpismo.

“A Turquia deve libertar Taner Kiliç, um incansável defensor dos direitos humanos, conhecido pelo seu apoio à Anistia Internacional durante muitos anos”, disse o diretor da HRW para a Europa e a Ásia Central, Hugh Williamson. “A detenção do ativista sob a suspeita de delitos terroristas parece uma tática dirigida a desacreditar o seu legítimo trabalho de defesa dos direitos humanos”, acrescentou a organização.

Os Estados Unidos também se manifestaram, na quarta-feira, sobre a prisão de Kiliç. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, disse em comunicado que Washington está “profundamente preocupado” pela detenção e destacou que Taner Kiliç é “apenas o último de uma série de defensores dos direitos humanos, jornalistas, universitários e militantes detidos na Turquia”.

A operação na qual Kiliç foi detido, junto com outros 22 advogados, na cidade de Esmirna, esta vinculada à investigação em curso contra os seguidores do pregador islamita Fethullah Gülen. Ancara acusa Gülen de ter liderado o fracassado golpe militar de julho de 2016 e considera que a sua confraria é uma organização terrorista. O clérigo, que vive na Pensilvânia desde 1999, nega as acusações.

“Kiliç é membro fundador da Anistia Internacional na Turquia e presidente de sua junta diretiva desde 2014. Também desempenhou um papel importante na defesa dos direitos dos refugiados como advogado e entre os grupos não governamentais nacionais e outros que trabalham nestas questões”, recordou o comunicado da HRW.

A Anistia Internacional também exigiu a libertação imediata dos detidos e o fim dos procedimentos judiciais contra o grupo diante da “ausência de provas críveis”, e avalia que as prisões demonstram o caráter “arbitrário” do expurgo realizado após o golpe.

A polícia realizou uma busca intensa no escritório de Kiliç, copiando o conteúdo dos seus computadores, na presença dos seus advogados, segundo explicou Andrew Gardner, da AI na Turquia. “Conhecemos Taner há muito tempo e sabemos que não cometeu nenhum delito”, garantiu Gardner.

(com EFE e AFP)

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