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Turquia apresentará conclusões sobre assassinato de jornalista amanhã

Trump envia secretário do Tesouro, que havia cancelado viagem a Riad, para conversa com príncipe-herdeiro saudita

Por Da Redação
Atualizado em 22 out 2018, 21h44 - Publicado em 22 out 2018, 21h15

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que apresentará nesta terça-feira os resultados da investigação sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi ocorrida no Consulado de seu país em Istambul no último dia 2. As revelações feitas já foram suficientes para forçar Riad a admitir a morte de Khashoggi, na semana passada.

O porta-voz de Erdogan, Ibrahim Kalin, afirmou que “nada sobre o ocorrido ficará oculto” e que o presidente turco levará o caso até o final. De Washington, a diretora da Agência Central de Inteligência (CIA), Gina Haspel, embarcou para a Turquia para tratar das investigações sobre o assassinato.

A morte foi “planejada para ser violenta”, antecipou Omer Celik, porta-voz do partido AK, de Erdogan, segundo a rede de televisão CNN. A emissora divulgou hoje que um dos 15 agentes sauditas responsáveis pela morte de Khashoggi, deixou o consulado vestido com as roupas do jornalista para se passar por ele diante das câmeras.

“O assassinato de Jamal Khashoggi foi planejado para ser violento e foi um crime muito complicado, que foi encoberto”, afirmou Celik à CNN.

Depois de ter ameaçado a Arábia Saudita com “consequências severas” por sua responsabilidade pela morte de Khashoggi, na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou não ter ficado “satisfeito” com as explicações dadas pelo governo saudita. No último dia 19, Riad dissera que o jornalista havia discutido e lutado com os agentes sauditas.

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Mas em um gesto um tanto estranho, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, reuniu-se nesta terça-feira com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, apontado como mandante do assassinato.

Mnuchin havia cancelado sua ida a Riad, onde participaria do “Davos do Deserto”, fórum empresarial que começará na terça-feira. Esse anúncio dera-se depois de seu encontro com Trump e com o  secretário de Estado, Mike Pompeo, na Casa Branca. Sua ida inesperada para a Arábia Saudita surpreendeu.

Por meio do Twitter, o Ministério das Relações Exteriores saudita registrou o encontro. “O príncipe-herdeiro reúne-se com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos e sublinha a importância da parceria estratégica Saudita-EUA, onde o país tem um importante papel no futuro ao lado do reino”.

Segundo a agência oficial saudita SPAN, ambos destacaram a importância das relações estratégicas entre Washington e Riad e o futuro desta parceria no encontro. Conversaram sobre as relações comerciais e os investimentos bilaterais, assim como os esforços conjuntos na luta contra a corrupção e contra o financiamento do terrorismo.

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Mas há grandes chances de os assuntos terem sido outros, relacionados à ameaça de Washington.

Jamal Khashoggi entrou no consulado saudita em Istambul para pedir documentos necessários para se casar com sua noiva, cidadã turca. Crítico do regime de seu país, há anos ele vivia nos Estados Unidos, como exilado, onde era colaborador do jornal Washington Post. Khashoggi não deixou o consulado.

A Arábia Saudita tem se desdobrado para tirar dos ombros do príncipe Salman a responsabilidade por ordenar a morte do jornalista. Ao anunciar sua versão dos fatos, também informou sobre a prisão de 18 suspeitos e a demissão de cinco autoridades, entre os quais, quatro generais.

O ministro de Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, alegou que a morte de Khashoggi foi planejada por uma operação não autorizada pelo governo, na qual “indivíduos acabaram excedendo a autoridade e as responsabilidades que tinham”.

“Eles cometeram um erro quando mataram Jamal Khashoggi no consulado e tentaram acobertar”, afirmou al-Jubeir em uma entrevista à emissora americana Fox News.

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(Com EFE)

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