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Trump visita Paradise, cidade da Califórnia devastada pelo fogo

O incêndio, que começou há mais de uma semana, destruiu cerca de 60.000 hectares no norte do estado, deixando 76 mortos e mais de 1.000 desaparecidos.

Por AFP Atualizado em 18 nov 2018, 11h10 - Publicado em 18 nov 2018, 08h47

Fumaça espessa, casas em ruínas, carros queimados: Donald Trump encontrou, neste sábado, um espetáculo de desolação ao chegar em Paradise, uma pequena cidade devastada pelo incêndio mais letal da história da Califórnia.

Com o rosto sério, o presidente americano, que não usava máscara apesar da fumaça que cobre a região, constatou no local o alcance do desastre, acompanhado pela prefeita de Paradise, Jody Jones.

“É triste de ver”, disse Trump após passar 20 minutos em um acampamento de trailers onde apenas uma bandeira nacional levava um pouco de cor a uma paisagem de cinzas.

“Em relação ao número de mortos, ninguém sabe realmente neste momento, há muitos desaparecidos”, comentou.

O incêndio “Camp Fire”, que começou há mais de uma semana na pequena localidade de Paradise, destruiu cerca de 60.000 hectares no norte do estado, deixando 76 mortos e mais de 1.000 desaparecidos.

No sul do estado, perto de Los Angeles, o incêndio “Woolsey Fire”, queimou cerca de 40.000 mil hectares, incluindo partes do balneário de Malibu, área de moradia de muitos astros e onde três pessoas morreram.

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Cerca de 9.000 bombeiros foram mobilizados nas duas frentes de fogo e dezenas de milhares de moradores foram evacuados.

Depois que os violentos incêndios tiveram início, Trump denunciou a má gestão das florestas pelas autoridades da Califórnia, esquecendo que a maioria delas está sob controle federal.

Ele também ameaçou cortar os fundos federais, enquanto o Congresso destinou um orçamento de 2 bilhões de dólares para a luta contra os incêndios florestais no ano fiscal de 2018.

No sábado, pouco antes de sua partida, voltou a insistir na “necessidade de uma gestão diferente”. “Digo isso há muito tempo”, apontou.

A mudança climática “pode ter contribuído um pouco” para o avanço brutal do incêndio, mas “o principal problema é a gestão” ambiental, acrescentou, destacando que seus comentários “não são positivos nem negativos, são só os fatos”.

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A Califórnia faz oposição a Trump em muitas frentes, da imigração e meio ambiente até a regulamentação do porte de armas de fogo. O estado mais populoso do país é também aquele com mais imigrantes indocumentados, alvos frequentes da política presidencial.

O impacto do “Camp Fire” é visível a mais de 200 quilômetros ao sul da área devastada de Paradise, até San Francisco, onde as autoridades emitiram um alerta de alta polição do ar.

Lá, as escolas públicas permaneceram fechadas na sexta-feira, o transporte público foi gratuito e os voos foram afetados, enquanto a ponte Golden Gate estava coberta por uma neblina espessa.

O “Camp Fire” tinha sido controlado em 50% até sexta-feira. O “Woolsey Fire”, por sua vez, foi contido em quase 80% e os bombeiros esperam extingui-lo até segunda-feira.

Há uma investigação em andamento sobre a origem do “Camp Fire”. Uma ação judicial foi movida contra a empresa de energia local Pacific Gas & Electric (PG & E), denunciando negligência.

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No ano passado, a Califórnia teve vários incêndios importantes, com um total de mais de 100 mortos e a queima de milhares de hectares. A seca afeta esse estado do oeste dos Estados Unidos há vários anos.

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