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Trump questiona por que Obama não é investigado no caso russo

Pelo Twitter, o presidente desafiou o procurador-geral Jeff Sessions a investigar o democrata por não ter evitado a suposta ingerência russa nas eleições

Por Da redação
21 fev 2018, 17h31

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou nesta quarta-feira o procurador-geral do Departamento de Justiça, Jeff Sessions, a investigar Barack Obama e os democratas, pois a suposta ingerência russa nas eleições de 2016 aconteceu sob o mandato de seu antecessor.

“Pergunta: se toda a ingerência russa aconteceu durante o governo Obama, justamente até 20 de janeiro, por que eles não são alvo da investigação?”, ressaltou Trump em sua conta do Twitter, ao se referir à data em que chegou à Casa Branca, em 2017. “Por que Obama não fez algo sobre a ingerência? Por que os crimes democratas não estão sob investigação? Perguntem a Jeff Sessions!”, acrescentou.

Jeff Sessions foi escolhido por Trump para comandar o Departamento de Justiça. Sessions, porém, se distanciou da investigação sobre a Rússia após a revelação de que ele teve encontros em 2016 com Sergey Kislyak, ex-embaixador russo em Washington. Mesmo tendo sido escolhido pelo presidente, os dois não possuem relações muito amigáveis.

Trump já havia criticado Sessions em outros momentos. Em julho de 2017 ele afirmou que o procurador tinha uma posição fraca frente “aos crimes de Hillary Clinton“.

Ao desafiar o procurador, o presidente estaria acusando Obama de ter cometido um crime, pois o Departamento de Justiça americano é o encarregado de investigar os crimes cometidos no país. O Departamento não respondeu aos tuítes de Trump.

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Seus assessores também saíram em sua defesa. A secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou nesta terça-feira que Trump “tem sido mais duro com a Rússia em seu primeiro ano do que Obama em oito anos combinados”.

Antes de concluir seu mandato, Obama impôs sanções econômicas contra instituições e empresas da Rússia pelos ataques cibernéticos registrados durante a campanha eleitoral e ordenou a expulsão de 35 diplomatas russos, entre eles o cônsul em São Francisco, na Califórnia.

O responsável por investigar os possíveis laços entra membros da campanha de Trump e o governo russo é o procurador especial Robert Muller, frequentemente atacado pelo presidente.

Na investigação comandada por Muller, o governo russo é acusado pelas agências de inteligência dos Estados Unidos, entre elas o FBI e a CIA, de interferir nas eleições de 2016 para favorecer o candidato republicano frente a sua rival democrata, Hillary Clinton.

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Mueller acusou formalmente de diversos crimes 13 cidadãos russos e três empresas do país de ter lançado “uma guerra de informação” na internet para dividir a sociedade americana.

Previamente, o procurador especial também tinha acusado quatro pessoas relacionadas com o atual presidente: Rick Gates; Paul Manafort; seu ex-assessor de segurança na Casa Branca Michael Flynn e outro ex-assessor, George Papadopoulos, que trabalhou para Trump durante as eleições.

Uma conversa entre Muller e Trump é esperada, algo que o presidente diz estar “ansioso”, mas que seus advogados temem que seja arriscado para um presidente conhecido por suas declarações polêmicas e falsos depoimentos.

(Com EFE)

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