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Trump pede ‘prisão por traição’ de deputado favorável a impeachment

Câmara intimará autoridades a depor sobre a pressão do presidente americano ao governo da Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 30 set 2019, 15h59 - Publicado em 30 set 2019, 15h54

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta segunda-feira, 30, a prisão por crime de “traição” do deputado democrata Adam Schiff, um dos líderes do processo de impeachment contra ele. Presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, Schiff abriu na semana passada uma sessão legislativa com uma imitação da conversa por telefone de Trump em que pressionou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a investigar Joe Biden, pré-candidato democrata à Casa Branca, e seu filho Hunter.

“O congressista Adam Schiff inventou um depoimento falso e terrível, fingindo que eu teria falado aquilo, como a parte mais importante do meu telefonema com o presidente ucraniano. E leu isso em voz alta para o Congresso e para o povo americano. Isso não tem qualquer relação com o que eu disse na ligação. Prisão por traição?”, escreveu Trump no seu perfil no Twitter.

No domingo 29, o congressista informou que o advogado pessoal de Trump, Rudolph Giuliani, e autoridades do governo de Trump serão intimados a depor no Congresso sobre o caso. Giuliani fora designado a acompanhar a investigação ucraniana. O delator do suposto crime de Trump à bancada democrata do Congresso, cujo nome ainda é mantido em sigilo, deverá também testemunhar nesta semana no Comitê de Justiça, que conduz o processo.

Na última terça-feira 25, a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara, anunciou a abertura de processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos por causa de seu telefonema a Zelensky e sua ordem para Giuliani, ex-prefeito de Nova York, atuar junto com o secretário de Justiça americano, William Barr, para investigar a conduta de Hunter Biden na Ucrânia.

Hunter havia tomado parte do conselho diretor da Burima, empresa privada do setor de energia que respondera por casos de corrupção, e Joe Biden, na condição de vice-presidente dos Estados Unidos, pressionara a Ucrânia e demitir seu procurador-geral.

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O pedido de Trump foi considerado um uso indevido da atribuição de conduzir a política externa em prol de uma ambição pessoal. Trump concorre à reeleição, em 2020, e Joe Biden é seu potencial rival democrata. Dias depois da ligação, Trump ordenou a suspensão de um repasse de 400 milhões de dólares em assistência militar para a Ucrânia, um movimento que os democratas consideram como uma tentativa de pressionar Zelenski a atender seu pedido.

Na semana passada, Trump determinou que a transcrição de sua conversa com Zelensky fosse divulgada como meio de provar que não havia dito nada “inadequado”. O texto, porém, confirmou a suspeita dos democratas de abuso de poder pelo presidente.

“O informante não sabia de nada. Sua descrição de segunda mão é uma fraude. O informante falso não se sustenta. É, sobretudo, sobre o telefonema ao presidente ucraniano, que, em nome da transparência, imediatamente divulguei no Congresso e ao público”, sustentou Trump.

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O presidente americano considerou a iniciativa democrata de abrir o processo de impeachment como uma “caça às bruxas”, mas está ciente da possibilidade de aprovação pela Câmara dos Deputados. Diferentemente do que acontece no Brasil, o presidente não é afastado do cargo nessa situação. O passo seguinte é o julgamento no Senado, onde a maioria republicana deverá favorecer Trump.

Mesmo que não seja impedido, o magnata deverá enfrentar mais dificuldades para sua reeleição com o caso em andamento. Se a outra hipótese prevalecer, ele será substituído pelo atual vice-presidente americano, Mike Pence, até o final de seu mandato, em janeiro de 2021.

(Com EFE)

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