Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Trump ordenou ataque antes de jantar com presidente chinês

Assessores de Donald Trump tiveram reunião ultrassecreta com o presidente para apresentar as opções de reposta ao ataque químico

Por Da redação
Atualizado em 13 abr 2017, 14h23 - Publicado em 8 abr 2017, 08h16

Em um quarto seguro do seu resort Mar-a-Lago na Flórida, os principais assessores militares do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lhe apresentaram três opções para punir o presidente da Síria, Bashar al-Assad, por um ataque com gás venenoso que matou dezenas de civis.

A reunião foi na tarde de quinta-feira, poucas horas antes de 59 mísseis de cruzeiro norte-americanos caírem em uma base aérea militar síria, em resposta ao que Trump chamou de “uma desgraça à humanidade”.

Trump estava em sua propriedade na Flórida para a primeira cúpula com o presidente da China, Xi Jinping. Mas a cúpula ficou para depois da reunião ultrassecreta com o assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, H.R. McMaster, e o secretário de Defesa, Jim Mattis, disse à Reuters uma fonte familiarizada com a reunião.

McMaster e Mattis apresentaram três opções a Trump, as quais foram rapidamente reduzidas a duas: bombardear múltiplos aeródromos ou somente o de Shayrat, próximo à cidade de Homs, onde o caça militar que carregava gás venenoso decolou, disse a autoridade.

Oitenta e seis pessoas, incluindo 30 crianças, foram mortas no ataque a gás no norte da Síria. A Rússia, que possui forças militares na Síria auxiliando o governo de Assad, diz que as mortes foram causadas por um vazamento de gás de um depósito onde grupos rebeldes armazenavam armas químicas, uma acusação que rebeldes negam e autoridades da inteligência americana dizem ser falsa.

Continua após a publicidade

Após ouvir um argumento de que seria melhor minimizar mortes russas e árabes, disse a autoridade, Trump escolheu a opção mínima e ordenou o lançamento de uma sequência de mísseis de cruzeiro contra Shayrat.

Mattis e McMaster argumentaram que escolher este alvo iria desenhar a linha mais clara entre o uso de gás nervoso por Assad e o ataque retaliatório, disse a autoridade.

Além disto, as habitações ocupadas por assessores russos, aviadores sírios e alguns funcionários civis ficavam na periferia da base aérea, o que significa que ela poderia ser destruída sem arriscar a morte de centenas de pessoas – especialmente caso o ataque ocorresse fora das horas normais de funcionamento da base.

Outra autoridade a par das discussões disse que o governo possui planos de contingência para possíveis ataques aéreos adicionais até a noite desta sexta-feira, dependendo de como Assad responder ao primeiro ataque.

“Se isto é o fim depende do presidente Assad”, disse a autoridade. “Temos opções adicionais prontas”.

Continua após a publicidade

Confrontando sua primeira crise de política externa, Trump confiou em grande parte em autoridades militares experientes – Mattis, general aposentado da Marinha, e McMaster, tenente-general do Exército – e não nos operadores políticos que dominaram suas decisões políticas nas primeiras semanas de sua Presidência, disseram três autoridades envolvidas nas deliberações.

Após notícias do ataque a gás serem reveladas na terça-feira, Trump imediatamente pediu uma lista de opções para punir Assad, de acordo com duas autoridades sêniores que participaram destes encontros. Todas as autoridades falaram em condição de anonimato para discutir deliberações internas e questões da inteligência.

Autoridades sêniores do governo disseram ter se encontrado com Trump nesta semana e apresentado opções incluindo sanções, pressão diplomática e planos para uma variedade de ataques militares na Síria, todos eles elaborados muito antes dele assumir.

A opção mais agressiva, segundo uma das autoridades, seria um ataque de “decapitação” contra o palácio presidencial de Assad, que fica isolado em uma colina a oeste do centro de Damasco.

Continua após a publicidade

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.