Trump, o ‘candidato do caos’, descarta concorrer como independente
Durante debate entre os pré-candidatos republicanos, o magnata afirmou que será o escolhido pelo partido. Ele e Marco Rubio foram os alvos preferidos dos demais candidatos
O magnata pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta terça-feira apresentar uma candidatura independente se não for o indicado do Partido Republicano. “Vou ser um republicano, não vou criar um terceiro partido. Não importa o que aconteça”, disse o bilionário, que na semana passada voltou a deixar no ar a possibilidade de se apresentar de forma independente se não recebesse “um tratamento justo” por parte do partido. A frase foi proferia ao vivo durante o último debate entre os pré-candidatos republicanos, nesta terça-feira em Las Vegas.
Essa é a primeira vez em que o magnata descarta totalmente a candidatura independente, o que levou aos aplausos dos presentes no quinto tête-à-tête televisionado entre os aspirantes à indicação republicana que aconteceu no cassino Venetian, inclusive o jornalista que formulou a pergunta, Hugh Hewitt.
Liderando as pesquisas, Trump sofreu ataques constantes de Jeb Bush e outros pré-candidatos, que se uniram contra o seu plano para barrar os muçulmanos de entrar nos Estados Unidos. O senador Marco Rubio, da Florida, também enfrentou momentos difíceis, com os rivais repetidamente questionando suas credenciais conservadoras e suas posições sobre segurança nacional e imigração.
Leia também
Médico diz que Trump será o presidente “mais são da história dos EUA”
Trump considera concorrer como candidato independente à Casa Branca
Após novas declarações bisonhas, Donald Trump desaba na corrida à Presidência americana
‘Candidato do caos’ – Em um dos momentos mais quentes do debate, o outrora favorito ex-governador da Flórida Jeb Bush afirmou que se Trump conseguir chegar à Casa Branca será “o presidente do caos”. “Donald [Trump] é muito bom com as manchetes, mas é o candidato do caos. E seria o presidente do caos”, disse Bush. Para o ex-governador da Flórida, a proposta de proibir a entrada de muçulmanos no país “alcançaria exatamente o contrário” do que se procura, que é “destruir o Estado Islâmico (EI)”, por isso se mostrou favorável a “fazer com que o mundo árabe se comprometa a lutar conosco”. Além disso, em uma nova referência a Trump, Bush opinou que os Estados Unidos precisam de “um líder sério”.
Proibição da internet – Em mais uma proposta bombástica, mas pouquíssimo factível, o magnata nova-iorquino afirmou que pretende “fechar o acesso à internet em certas áreas nas quais estamos em guerra com alguém”, ao falar sobre a capacidade de recrutamento de grupos como o Estado Islâmico (EI) através das redes. “Deveríamos usar nossas mentes mais brilhantes para impedir que o EI use a internet. Podemos fazê-lo se usamos as pessoas boas”, garantiu Trump, que acrescentou que os Estados Unidos deveriam “ser capazes de penetrar na internet e encontrar o EI”.
O debate de Las Vegas teve a participação dos nove pré-candidatos melhor posicionados nas pesquisas para a indicação do Partido Republicano e foi o último encontro neste ano. Ainda não há a confirmação oficial, mas acredita-se que antes das primárias do Estado de Iowa, em 1 de fevereiro, que abrem a corrida à Casa Branca, os pré-candidatos ainda façam pelo menos mais um debate televisivo.
(Da redação)