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Trump insiste em incluir questão sobre nacionalidade no Censo de 2020

Presidente americano desafia decisão da Suprema Corte; parada militar do Dia da Independência é criticada por democratas

Por Da Redação
4 jul 2019, 14h02

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira, 4, que seu governo não desistiu de acrescentar pergunta sobre a nacionalidade na pesquisa do Censo de 2020 do país, em clara confrontação a decisão da Suprema Corte americana, que havia bloqueado a inclusão dessa questão no último dia 27.

Em meio às comemorações de 4 de julho, a data da independência dos Estados Unidos, Trump disse, em seu Twitter, que o “Departamento de Comércio e o Departamento de Justiça estão trabalhando nisso [pergunta sobre nacionalidade], mesmo que hoje seja 4 de julho!”

A fala de Trump vem em contramão de declaração de Wilbur Ross, secretário de Comércio, na terça-feira 2. Ross afirmara que os formulários já estavam sendo impressos sem a questão a respeito da cidadania.

Porém, o presidente americano negou na quarta-feira que o Departamento de Comércio havia desistido de colocar a questão sobre nacionalidade no censo. “Estamos absolutamente avançando, como precisamos, por conta da importância das respostas a essa questão”, escreveu Trump no Twitter.

Críticos têm classificado a pergunta sobre cidadania como uma manobra do Partido Republicano para assustar os imigrantes, evitando que participem da contagem populacional, realizada a cada dez anos, e gerar uma soma diminuta em áreas com altos índices demográficos de imigrantes e latinos, que se inclinam a favor do Partido Democrata.

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Se a pergunta constar no formulário, ela poderá impactar a reorganização dos distritos eleitorais, assim sendo, os políticos republicanos sairiam beneficiados com mais assentos na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas estaduais nas próximas eleições.

“Não há nada ‘fake’ no Departamento de Justiça nos escrevendo para dizer que as impressões começaram sem a questão sobre cidadania”, disse também no Twitter a União Americana das Liberdades Civis, que contestou judicialmente a inclusão da pergunta.

A deputada democrata Carolyn Maloney declarou que tanto o Departamento de Justiça quanto a Secretaria de Comércio confirmaram a seu gabinete “que o processo de impressão irá em frente sem a questão sobre cidadania”.

Parada Militar

 

Mesmo com as críticas quanto ao teor e o custo destinado ao desfile militar, Donald Trump, comandará as comemorações do Dia da Independência com um discurso voltado ao patriotismo e diante de uma parada típica dos tempos da Guerra Fria.

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Admirador das exibições de orgulho nacional e força militar da França, Trump minimizou as preocupações com o custo e os tons militaristas do evento em Washington, que acontece diante do Memorial a Lincoln. A parada incluirá fogos de artifício, sobrevoo do avião presidencial (Air DForce One) e desfile de tanques.

Democratas acusam o presidente de realizar um comício eleitoral na celebração da data nacional. Embora a Casa Branca tenha dito que seus comentários não serão de natureza política, o presidente tem o hábito de se desviar do enredo com ataques partidários contundentes mesmo em eventos isentos de posições partidárias.

“Teremos um grande Quatro de Julho em Washington, D.C. Será sem igual”, disse Trump aos repórteres no início desta semana no Salão Oval. Indagado se poderia fazer um discurso que represente todos os norte-americanos, ele disse acreditar que sim. Mas depois atacou as diretrizes democratas para a saúde e os impostos.

“Em vez de tratar de algo como a falta de moradias para veteranos, ele está gastando para afagar seu ego com uma parada que é fundamentalmente a respeito dele” disse o pré-candidato democrata à presidência Julian Castro no programa This Morning, da CBS, na quarta-feira. “Que desperdício de dinheiro”, completou.

(Com Reuters)

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