Pela segunda vez, Trump é absolvido de processo de impeachment no Senado
Por maioria dos votos republicanos, ex-presidente se livrou da acusação de ter incitado a turba de apoiadores a invadir o Capitólio em 6 de janeiro
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Atualizado em 13 fev 2021, 19h29 - Publicado em 13 fev 2021, 18h08
O ex-presidente Donald Trump foi absolvido neste sábado, dia 13, no processo de impeachment pelo qual foi julgado por “incitação à insurreição” no Senado. A decisão favorável ao ex-presidente já era esperada, uma vez que o afastamento exigia dois terços do aval da Casa Legislativa, e só sete republicanos se dispuseram a votar contra Trump.
Por 57 votos a favor da condenação e 43 contrários, Trump foi inocentado da acusação de ter estimulado a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, que visava impedir a certificação da vitória do presidente eleito Joe Biden. Para o impeachment se concretizar, eram precisos 67 dos 100 votos (ou seja, dois terços) do Senado, que hoje está divido entre democratas e republicanos (50 a 50).
Se o processo de impeachment fosse adiante, Trump poderia ser sido impedido de concorrer às próximas eleições presidenciais – agora, ele pode voltar a disputar o posto em 2024.
No processo, que durou quatro dias, os democratas tentaram provar que um discurso feito por Trump pouco antes da invasão, aliado a outros chamados à violência no Twitter e à narrativa falsa de fraude eleitoral, incitou a turba de extremistas ao ato, que acabou com a morte de cinco pessoas (quatro apoiadores do presidente e um policial do Capitólio). A defesa, por sua vez, argumentou que o ex-presidente não poderia ser responsabilizado, pois nunca deu ordem de ataque.
Independente do resultado, Trump amarga dois feitos inéditos na história política dos Estados Unidos: é o primeiro presidente a ser alvo de processo de impeachment duas vezes e o primeiro julgado depois de deixar a Casa Branca.
O primeiro processo de impeachment contra Trump ocorreu em fevereiro de 2020. Diferente do processo atual, ele foi absolvido pela maioria do Senado pela acusação de abuso de poder (52 votos contra 48), e obstrução ao Congresso (53 contra 47).
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