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Trump diz que tarifas contra México entram em vigor na próxima semana

O México ainda tem esperança de chegar a acordo com autoridades americanas; congressistas republicanos se organizam para barrar medida

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2019, 15h37 - Publicado em 4 jun 2019, 12h51

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 4, que novas tarifas de 5%, anunciadas contra o México como medida punitiva pela entrada de imigrantes ilegais, começam a vigorar na próxima semana.

Durante coletiva de imprensa ao lado da primeira-ministra britânica Theresa May em Londres, Trump sugeriu que as tarifas serão colocadas em prática independentemente do esforço de congressistas republicanos para barrar a medida.

Segundo o jornal The Washington Post, integrantes do próprio partido do presidente estão se organizando para bloquear a nova medida. As tarifas seriam aplicadas por Trump com base na declaração de emergência nacional anunciada em fevereiro para construir um muro na fronteira com o México.

A lei americana, contudo, dá ao Congresso o direito de anular a declaração. O presidente já vetou uma primeira resolução para barrar o estado de emergência nacional elaborada pelos democratas na Casa.

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“Não há nada mais importante do que fronteiras”, afirmou Trump nesta terça. “Eu tenho um tremendo apoio republicano”, garantiu.

“O México não deve permitir que milhões de pessoas tentem entrar em nosso país”, disse. “E eles poderiam pará-los muito rapidamente. Acho que farão isso”, completou.

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Trump anunciou na semana passada a imposição de uma tarifa sobre todos os produtos mexicanos vendidos aos Estados Unidos se o governo de Andrés Manuel López Obrador não interromper o aumento no número de imigrantes, especialmente da América Central, que cruzam para os Estados Unidos, saindo do México.

Segundo a Casa Branca, as novas taxas de importação sobre os produtos mexicanos serão elevadas para 10% no dia 1º de julho, “se a crise persistir”. Depois, subirão outros 5% a cada mês, por três meses, até atingir 25% no dia 1º  de outubro.

Nesta terça, contudo, o presidente sugeriu que novas taxas de 5% entrarão em vigor em 10 de junho.

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Acordo

Mais cedo, López Obrador disse esperar que o México e Estados Unidos cheguem a um acordo sobre imigração antes da aplicação das tarifas punitivas. “Há sinais de que interessa às autoridades dos EUA que haja um acordo”, disse ele durante sua coletiva de imprensa rotineira.

O governo mexicano está preparando uma proposta de imigração para apresentar aos americanos em uma reunião agendada para quarta-feira, 5, em Washington. “Eu acho que a reunião amanhã será importante e que haverá um acordo antes de 10 de junho”, reagiu López Obrador.

Grandes fluxos de imigrantes, muitos deles solicitantes de asilo, têm motivado a ira de Trump. A situação ajuda a alimentar sua candidatura à Casa Branca. Durante a campanha, o presidente prometeu que faria o México pagar pelo muro construído ao longo da fronteira sul dos Estados Unidos.

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Esforços para fazer com que o México ou parlamentares americanos no Congresso financiassem o muro fracassaram.

O ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, que está em Washington para as conversas, disse que espera que a reunião de quarta-feira seja um ponto de partida para negociações.

Parlamentares mexicanos e autoridades do setor privado também visitarão a capital americana nesta semana como forma de fazer pressão, acrescentou.

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‘Amor ao próximo’

López Obrador insistiu que, para resolver os fluxos migratórios, é necessário apoiar um plano de desenvolvimento da América Central que evite que as pessoas saiam de seus países por necessidade.

Nesse sentido, ele se mostrou convencido de que os Estados Unidos se darão conta de que esta é a solução, já que “o povo americano é muito cristão e isso significa amor ao próximo.”

Além disso, afirmou que os Estados Unidos são “uma grande nação” que foi construída graças aos migrantes que “chegaram de todo o mundo”.

López Obrador também informou que na próxima semana visitará vários pontos da fronteira do México com os Estados Unidos.

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