Trump diz que aprovação de impeachment é ‘política suicida’ da oposição
"Através de suas ações depravadas, os loucos democratas de Nancy Pelosi na Câmara colocaram em si mesmos uma eterna marca de vergonha", disse o presidente
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as duas acusações contra ele, aprovadas nesta quarta-feira pela Câmara dos Representantes e que podem levar a um impeachment caso sejam ratificadas em julgamento no Senado, representam uma “política suicida” e uma “eterna marca de vergonha” para os membros do Partido Democrata, opositor de seu governo.
Ao mesmo tempo em que a votação do impeachment acontecia na Câmara, Trump dava um comício na cidade de Battle Creek, no estado de Michigan, em ritmo de campanha para as eleições do ano que vem.
“Este impeachment partidário sem lei é uma marcha política suicida para o Partido Democrata”, disse.
“Através de suas ações depravadas de hoje, os loucos democratas de Nancy Pelosi na Câmara colocaram em si mesmos uma eterna marca de vergonha”, acrescentou.
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o impeachment do presidente Donald Trump por abuso de poder com 230 votos a favor e 197 contra, depois de sete horas de debates no plenário. Trump torna-se, com isso, o terceiro líder americano a ser a julgado pelo Senado, a próxima etapa desse processo. Os anteriores foram Andrew Johnson, em 1868, e Bill Clinton, em 1998. Richard Nixon renunciou em 1974 antes da votação.
Uma segunda votação deu-se em seguida, referente à acusação de obstrução dos trabalhos de investigação do Congresso, e terminou com 229 votos a favor e 198 contra, com 3 abstenções e uma ausência.
Candidato à reeleição pelo Partido Republicano em 2020, Trump é acusado pela Câmara dos crimes de abuso de poder e de obstrução dos trabalhos do Congresso. O primeiro tem como base as pressões dele sobre o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, para investigar a presença do filho de seu potencial adversário eleitoral, Joe Biden, no conselho de uma empresa envolvida em corrupção. O segundo se refere ao veto de Trump ao depoimento de seus colaboradores no inquérito em andamento.
Agora Trump deve enfrentar julgamento no Senado que determinará ou não sua condenação e consequente remoção do cargo.
O Senado é controlado pelos colegas republicanos de Trump, que em sua maioria defendem o presidente. Uma maioria de dois terços dos presentes na Casa composta por 100 parlamentares é necessária para que o magnata seja condenado, o que implica que cerca de 20 dos 53 senadores republicanos precisariam votar contra o presidente para que ele fosse impedido de continuar no cargo.
(Com EFE)