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Trump classifica processo de impeachment como ‘golpe’

"Quanto mais aprendo, a cada dia que passa, chego à conclusão de que o que está acontecendo não é um impeachment, é um golpe", tuitou Trump

Por Da Redação 2 out 2019, 02h46

O presidente americano, Donald Trump, classificou, nesta terça-feira 1º, a investigação por impeachment que ameaça sua Presidência como um “golpe”.

Os comentários foram feitos depois que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, pressionou para prevenir ou retardar que cinco diplomatas em atividade e aposentados testemunhassem na investigação de impeachment.

“Quanto mais aprendo, a cada dia que passa, chego à conclusão de que o que está acontecendo não é um impeachment, é um golpe”, tuitou Trump.

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Tem como objetivo “tirar o Poder do Povo, seu voto, suas Liberdades, sua Segunda Emenda, Religião, Exército, Muro Fronteiriço e seus direitos dados por Deus como um Cidadão dos Estados Unidos da América!”, escreveu.

A investigação conduzida pela Câmara dos Representantes, de maioria democrata, busca saber se Trump abusou do cargo, pedindo ajuda ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, para prejudicar o ex-vice-presidente Joe Biden, seu principal adversário nas eleições presidenciais de 2020.

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Se a Câmara aprovar o impeachment, o caso seguirá para o Senado, de maioria republicana.

Pompeo e o advogado de Trump, Rudy Giuliani, criticaram nesta terça-feira o calendário de depoimentos que os democratas da Câmara de Representantes tentam impor sobre o suposto pedido do presidente republicano de ajuda à Ucrânia para investigar o filho de Joe Biden, que trabalhou em uma empresa de gás ucraniana.

Em carta enviada ao Congresso, Pompeo alegou que sua convocação e a de outros diplomatas “só pode ser entendida como uma tentativa de intimidação, assédio e forma imprópria de tratar os distintos profissionais do departamento de Estado”.

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“Deixe-me ser claro: não vou tolerar este tipo de tática e vou utilizar todos os meios a minha disposição para impedir qualquer tentativa de assédio a estes profissionais dedicados aos quais tenho orgulho de liderar”, escreveu Pompeo no Twitter.

Pompeo avaliou que as convocações têm “profundas deficiências legais e de procedimento”, e que os depoimentos de funcionários programados para a partir desta quarta-feira “não são factíveis”.

O secretário também questionou a autoridade das comissões lideradas pelos democratas para exigir documentos do departamento de Estado e sugeriu que o governo está preparado para recorrer à justiça.

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Problemas legais e constitucionais

A reação de Pompeo ocorreu após Giuliani sugerir que poderá ignorar a convocação que recebeu na véspera de três comitês da Câmara.

Giuliani, um republicano que foi prefeito de Nova York, alegou que os chefes dos Comitês de Inteligência, Relações Exteriores e Supervisão da Câmara de Representantes estão “prejulgando” o caso.

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“Isto levanta questões importantes sobre a legitimidade e os problemas constitucionais e legais”.

As reações mostram que a administração está cavando suas trincheiras contra a investigação sobre suposto abuso de poder, que é liderada pelo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Adam Schiff.

Schiff iniciou a investigação na sexta-feira, após um memorando da Casa Branca sobre a conversa em 25 de julho entre Trump e Zelensky, que havia sido revelada por uma fonte anônima.

Segundo o registro oficial, Pompeo foi um dos vários funcionários a escutar o telefonema entre os dois presidentes, no qual Trump pede informações que incriminem o filho de Biden, que trabalhava para uma empresa de gás ucraniana.

Além de convocar Pompeo e pedir documentos do departamento de Estado, Schiff convocou cinco diplomatas, na ativa e aposentados.

Entre eles figura Marie Yovanovitch, que foi removida em 2019 do cargo de embaixadora em Kiev após aparentemente resistir a pressionar Zelensky; e Kurt Volker, ex-enviado especial à Ucrânia e que estaria envolvido nos esforços de Giuliani para obter a cooperação ucraniana.

(Com AFP)

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