Trump anuncia abate de drone iraniano no Estreito de Ormuz
Atitude americana tende a elevar as tensões no Oriente Médio; Guarda Revolucionaria Iraniana apreende navio-petroleiro no Golfo Pérsico

Os Estados Unidos derrubaram nesta quinta-feira, 18, um avião não tripulado iraniano no estreito de Ormuz, que se aproximava perigosamente de um navio americano. A informação partiu do próprio presidente americano, Donald Trump, que exortou seus aliados a condenar a liberdade de navegação e o comércio mundial do Irã.
“O (USS) Boxer tomou uma ação defensiva contra um drone iraniano que tinha se aproximado a uma distância muito, muito pequena, de umas 1.000 jardas (cerca de 1 km). “O drone foi destruído imediatamente”, anunciou Trump na Casa Branca. “Esta é a última de muitas ações provocadoras e hostis do Irã contra navios que operam em águas internacionais”, prosseguiu.
De acordo o líder americano, seu país se reserva o direito de defender suas instalações e seus interesses. Ele também fez um chamado a outros países para que protejam seus navios no estreito e colaborem com os Estados Unidos.
Até o momento, as autoridades iranianas não se pronunciaram sobre o caso.

Mais cedo, a Guarda Revolucionaria Iraniana disse ter apreendido um navio-petroleiro estrangeiro “contrabandeando 1 milhão de litros de combustível na Ilha Lark”, no Golfo Pérsico. Segundo a mídia estatal do Irã, 12 pessoas foram presas na operação, mas suas nacionalidades não foram reveladas.
Este é mais um episódio na escalada de tensões entre Irã e Estados Unidos, que teve inicio quando Trump saiu unilateralmente do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), firmando entre Teerã, Washington, União Europeia, Rússia, China e Reino Unido, que visava limitar a capacidade iraniana de enriquecer urânio em troca da retirada de sanções econômicas.
Em menos de um ano, os Estados Unidos restabeleceram as sanções econômicas pré-acordo e impuseram novas restrições, além de terem enviado mais tropas para o Oriente Médio. Como resposta, seis navios petroleiros foram atacados em dois meses e um drone americano foi abatido em junho deste ano. O Irã nega ter se confrontado com as embarcações da Marinha americana, mas admitiu ter derrubado o drone.
Trump autorizou um ataque de mísseis de cruzeiro contra alvos militares iranianos no mesmo dia em que o drone foi abatido, mas recuou a tempo, ao saber que a operação causaria a morte de mais de 150 pessoas.
Tentando salvar o JCPOA, o Irã anunciou o enriquecimento de urânio e o estocar combustível nuclear acima do que é permitido pelo acordo, como meio de forçar a União Europeia a pressionar o governo de Trump. O Irã quer se livrar das sanções americanas e continuar a vender petróleo sem as restrições impostas por Washington.
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.