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Trump acusa a Arábia Saudita de mentir sobre morte de jornalista

Comentário do presidente veio após sauditas prenderem dezoito pessoas. Ministro diz não saber onde está o corpo

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h06 - Publicado em 21 out 2018, 13h51

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a Arábia Saudita de mentir sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi, no comentário mais forte que ele fez sobre o assunto.

“Obviamente, houve decepção e mentiras”, disse o presidente em entrevista ao Washington Post publicada na noite de sábado (20), sobre as mudanças de considerações fornecidas por Riad.

Assim, Trump mudou sua posição de que a última explicação da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista dentro de seu consulado em Istambul era crível, mas disse que ainda confiava na liderança do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Os funcionários sauditas afirmaram originalmente que Khashoggi, que entrou na embaixada em 2 de outubro, saiu ileso, antes de anunciar no sábado que ele morreu dentro do edifício durante uma briga.

O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, afirmou neste domingo (21) que não sabe onde está o corpo do jornalista Jamal Khashoggi e chamou sua morte de “um grande erro”. A relação entre Washington e Riad “resistirá” a esta questão, disse o chefe da diplomacia saudita de Riad em entrevista à Fox News, antes completar que o príncipe Mohamed Bin Salman não foi informado sobre a operação, não autorizada pelo regime.

Trump, no entanto, ressaltou a importância do relacionamento entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita para os objetivos estratégicos regionais de Washington. Ele descreveu o príncipe de 33 anos, conhecido como MBS, como “uma pessoa forte, ele tem um controle muito bom”.

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“Ele é visto com uma pessoa que pode manter as coisas sob controle”, acrescentou o presidente. “Eu digo isso de uma maneira positiva.”

Trump comentou que os oficiais de inteligencia ainda não mostraram qualquer evidência que sugira que MBS tenha uma papel direto na morte do jornalista.

“Ninguém me disse que é o responsável, ninguém me disse que não é o responsável, não chegamos a esse ponto. Não ouvi isso de forma alguma”, disse o Presidente.

“Há uma possibilidade de que MBS descobriu mais tarde. Pode ser que algo no prédio tenha dado errado. Ele (Khashoggi) poderia saber que estava voltando à Arábia Saudita”, disse o presidente.

De acordo com oficiais turcos, Khashoggi foi torturado e violentamente assassinado por agentes sauditas que viajaram de Riad para esse fim.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan prometeu neste domingo que revelará a “crua realidade” sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, ao anunciar que fará uma declaração sobre o caso no próxima terça-feira.

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“Aqui estamos buscando justiça e isto será revelado com sua crua realidade, não com alguns passos ordinários, e sim com toda a verdade”, disse Erdogan durante um comício em Istambul.

Reino Unido, França e Alemanha afirmaram neste domingo, em um comunicado conjunto, que existe “uma necessidade urgente de esclarecimento sobre as circunstâncias da morte “inaceitável” do jornalista.

O texto diz que é preciso saber “exatamente o que aconteceu em 2 de outubro, além das hipóteses até agora mencionadas pela investigação saudita”.

“Portanto, insistimos no fato de que são necessários e esperamos mais esforços para estabelecer a verdade de maneira integral, transparente e crível”, ressaltaram os três países, que afirmam ser “inaceitável” ameaçar, atacar ou matar jornalistas sob qualquer circunstância.

(Com AFP)

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