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Troca no Kremlin: Medvedev assume Governo, e Putin é o novo presidente

Por Da Redação
8 Maio 2012, 13h52

Miguel Bas.

Moscou, 8 mai (EFE).- Dmitri Medvedev assumiu nesta terça-feira a chefia do Governo russo após conseguir o previsto apoio da maioria parlamentar, que ratificou assim a troca de cadeiras no Kremlin depois da posse, como presidente do país, de quem até ontem liderou o Executivo, Vladimir Putin.

Desta forma, o ex-presidente russo Medvedev, que ontem devolveu o comando do Kremlin a seu mentor Putin, só esteve fora do poder pouco mais de 24 horas. Foi o próprio Putin quem apresentou aos deputados seu candidato.

‘Não duvido que sua integridade, sua experiência política e gestora vão nos ajudar a resolver as tarefas mais complicadas no cargo de presidente do Governo’, disse Putin em suas palavras de apresentação do aspirante.

A candidatura de Medvedev obteve 299 votos a favor, e 144 deputados se pronunciaram contra. Para ser aprovado no cargo de primeiro-ministro, o aspirante, cuja promoção é prerrogativa exclusiva do chefe do Estado, precisa do apoio de pelo menos 226 dos 450 membros da Duma (Câmara dos Deputados).

Caso os legisladores rejeitem o candidato, o presidente da Rússia tem a opção de apresentar outro nome ou dissolver a Duma e convocar novas eleições.

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Além do apoio do partido governista Rússia Unida, que ele mesmo lidera e que conta com 238 cadeiras, Medvedev recebeu o aval do Partido Liberal Democrático, do excêntrico ultranacionalista Vladimir Jirinovski.

O Partido Comunista e o Rússia Justa, de linha social-democrata, votaram contra Medvedev, que se tornou o 12º primeiro-ministro da Rússia pós-soviética.

Em seu discurso aos deputados, Medvedev propôs a aprovação de cinco programas prioritários referentes a educação, ciência e tecnologia, agricultura e indústria florestal, além da defesa do meio ambiente e da cultura.

Fiel à sua tradição de não dizer ‘não’ a ninguém, Medvedev declinou, no entanto, a proposta de adiar a entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e defendeu a melhora do clima de investimentos do país. No terreno econômico, ele propôs a limitação do déficit fiscal a 1% do PIB.

O novo primeiro-ministro enfatizou que ‘o Estado pode em alguns casos intervir diretamente na economia, mas apenas se houver grande necessidade, com motivos claros para o mundo empresarial ou em situações de crise’.

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Após dois dias de manifestações opositoras em Moscou, que terminaram com saldo de centenas de detidos, Medvedev prometeu dialogar com todas as forças políticas.

‘Estarei aberto a falar com todas as forças políticas. Considero que é meu dever político’, declarou.

O presidente Putin também expressou a segurança de que ‘Dmitri Medvedev estará aberto a uma cooperação construtiva com todos os partidos e movimentos sociais, com o Parlamento e suas frações’.

O novo chefe de Estado aproveitou hoje a tribuna da Duma para afirmar que na promoção de Medvedev como primeiro-ministro não houve ‘jogo político’ nem ‘armadilha’.

‘Os senhores sabem que eu tomei esta decisão há muito tempo e a anunciei com adiantamento, antes das eleições parlamentares e presidenciais’, por isso ‘não há nada que possa ser considerado como armadilha ou jogo político’, explicou.

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Há quatro anos, quando Putin deixou o Kremlin para liderar o Governo, poucos duvidaram que seria primeiro-ministro até que quisesse. Hoje muitos duvidam que o novo chefe de Governo possa repetir essa caminhada: os líderes opositores preveem uma curta estadia à frente do Executivo. EFE

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