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Tripulação de submarino morreu instantaneamente, diz especialista

Analista acústico americano determinou que o ARA San Juan sofreu um colapso letal e seu casco foi destruído em 0,04 segundos

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 dez 2017, 00h59 - Publicado em 12 dez 2017, 18h46

Um estudo da inteligência naval dos Estados Unidos concluiu que os 44 tripulantes do submarino argentino desaparecido ARA San Juan morreram de forma instantânea após uma explosão.

O especialista em engenharia acústica Bruce Rule analisou a “anomalia acústica” detectada no dia 15 de novembro pela Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e determinou que o submarino sofreu um colapso letal, que liberou uma energia similar a uma explosão de 5.700 quilos de TNT, a 380 metros de profundidade.

Segundo a tese do especialista, a qual o jornal argentino La Nación teve acesso, os 44 tripulantes do submarino morreram de forma instantânea logo após o colapso, provavelmente sem se dar conta do que estava acontecendo. O estudo também concluiu que o ARA San Juan afundou verticalmente, a uma velocidade de 18 a 24 km/h após a explosão.

“Embora a equipe possa ter percebido que o colapso era iminente, eles nunca souberam o que estava realmente acontecendo, não se afogaram ou experimentaram qualquer tipo de dor, sua morte foi instantânea”, escreveu Bruce Rule, segundo o La Nación.

Também segundo o estudo, o sinal acústico detectado foi produzido pelo colapso do casco do submarino devido à pressão a uma profundidade de 380 metros. Rule, principal analista acústico da Inteligência Naval americana, concluiu que o casco foi “completamente destruído em aproximadamente 40 milissegundos”, fração de tempo na qual o corpo humano não consegue fazer o reconhecimento cognitivo de um evento.

Entrada de água

Na semana passada, a Marinha argentina confirmou que o comandante do submarino, o capitão Pedro Martín Fernández, relatou a entrada de água em um dos tanques de bateria do ARA San Juan. Segundo a mensagem recebida pela central de controle às 6h da manhã do dia 15 de novembro, a água do mar entrou pelo sistema de ventilação e causou um curto-circuito e início de um incêndio no tanque da bateria de número 3.

Buscas

As buscas pelo submarino ainda continuam. A Marinha argentina informou nesta terça-feira que os navios de inspeção científica dos Estados Unidos e do Reino Unido analisaram dois objetos encontrados no fundo do mar pelo veículo aquático operado remotamente usado nas buscas. Os dois pontos detectados eram, contudo, apenas uma pedra e um navio afundado, e não forneceram qualquer indício ou pista sobre a localização do ARA San Juan.

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