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Tribunal egípcio ordena fechamento de canais de televisão

Filial da Al Jazeera e canal da Irmandade Muçulmana foram alvos da decisão

Por Da Redação
3 set 2013, 09h53

Um tribunal egípcio ordenou o fechamento de quatro canais de televisão tidos como simpáticos ao presidente deposto Mohamed Mursi. O Ahrar 25, da Irmandade Muçulmana, organização radical islâmica da qual Mursi faz parte, e a afiliada da Al Jazeera no país, além de outros dois canais islamitas, Al-Quds e Al-Yarmuk, foram alvos da determinação. A Al Jazeera já havia denunciado uma “campanha” contra o canal movida pelo governo interino instalado no país com o apoio do Exército depois da deposição de Mursi, no dia 3 de julho. A pressão teria aumentado, afirmou a emissora, após a exibição de um vídeo no qual Mursi reivindicava a condição de único presidente legítimo do país.

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No dia do golpe contra Mursi, vários canais islamitas tiveram sua programação cortada, medida que foi criticada por organizações de defesa dos direitos humanos. No domingo, o Egito expulsou três jornalistas estrangeiros que trabalhavam para o canal em inglês da Al Jazeera, sob a alegação de que não tinham o visto apropriado. A sede da filial egípcia da rede também foi inspecionada várias vezes. O governo interino acusa a rede de fazer uma cobertura parcial da repressão às manifestações pró-Mursi no país. Uma acusação similar é feita ao conjunto da imprensa estrangeira.

Na segunda-feira, um tribunal decretou o fechamento definitivo do canal islamita Al-Hafez, acusado de prejudicar a unidade nacional.

Sinai – Também nesta terça, a TV estatal Nile anunciou um ataque do Exército contra militantes na Península do Sinai que teria deixado quinze mortos. Fontes na área de segurança afirmaram que os ataques tiveram como alvo depósitos de armas e explosivos na região perto da fronteira com Israel e da Faixa de Gaza.

O Exército tenta reassumir o controle na região, que era monitorada com mão de ferro durante o regime do ditador Hosni Mubarak, derrubado em 2011. No entanto, a Península do Sinai transformou-se no principal território mundial de treinamento de terroristas, além de base do Hamas, o grupo terrorista palestino. Também é território de contrabandistas beduínos e jihadistas.

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Protestos – Um grupo do qual a Irmandade Muçulmana faz parte convocou para esta terça manifestações em todo o país, exigindo a volta de Mursi ao poder. O chamado foi por uma “marcha de um milhão de pessoas” sob o lema “o golpe é terrorismo”.

Desde a deposição do membro da Irmandade, que havia sido eleito em junho do ano passado, os protestos de seus apoiadores são frequentes e muitos terminaram em confronto com as forças de segurança e com os que apoiam o governo interino instalado no país com o apoio do Exército. Cerca de 900 pessoas morreram em conflitos no Egito desde o início de julho.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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