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Três palestinos morrem e 178 ficam feridos em protestos em Gaza

Manifestantes se organizam pela quinta sexta-feira seguida para protestar na cerca divisória com Israel

Por Da redação
27 abr 2018, 19h13

Três palestinos morreram nesta sexta-feira (27) e 178 ficaram feridos em confrontos com o Exército de Israel na Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, que acontece pela quinta sexta-feira consecutiva junto à fronteira israelense, segundo fontes médicas.

Um dos mortos, identificado como Abdul Salam Baker, de 29 anos, morreu com um tiro na cabeça em Khan Younis, informou o porta-voz do Ministério da Saúde palestino, Ashraf al Qedra.

No total, 456 palestinos foram atendidos, pelo menos 178 por munição real e 19 por balas de aço revestidas de borracha, dos quais dois estão em estado grave e outros dois em condições críticas.

Os distúrbios na fronteira começaram após a oração do meio-dia, quando aumenta o número de palestinos que comparecem aos cinco pontos de protesto distribuídos ao longo da cerca divisória com Israel.

O porta-voz do Exército de Israel, Jonathan Conricus, disse em entrevista coletiva que hoje foram registrados “sérios e irregulares” ataques contra a cerca de segurança instigados por líderes do movimento islamita Hamas.

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Conricus, que estimou que entre 12.000 e 14.000 palestinos participaram dos protestos, afirmou que entre “200 a 400 arruaceiros atacaram deliberadamente a cerca com coquetéis molotov e pedras” e a queimaram. Ele acrescentou que não será tolerado que o Hamas utilize civis e menores para se infiltrar.

Os manifestantes atiraram pedras e pneus em chamas contra a cerca, e alguns ataram latas de gasolina em chamas a pipas e as lançaram rumo ao território israelense. Outros retiraram rolos de arame farpado que soldados israelenses instalaram no território de Gaza de madrugada para criar uma zona-tampão entre os revoltosos e a cerca.

Os protestos ocorrem em um momento de frustração crescente para os palestinos, já que as perspectivas de criação de um Estado palestino independente parecem escassas. As conversas de paz entre Israel e os palestinos estão emperradas há vários anos, e os assentamentos israelenses nos territórios ocupados se expandiram.

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Em um comunicado divulgado mais cedo nesta sexta-feira, o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein, classificou a perda de vidas de “deplorável” e disse que um “número estarrecedor de ferimentos” foi causado pelo emprego de munição fatal.

Manifestação Faixa de Gaza
Tropas israelenses lançam bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes na Faixa de Gaza – 27/04/2018 (Mohammed Salem/Reuters)

(Com EFE e Reuters)

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