Trégua em Alepo será retomada nas próximas horas, dizem rebeldes
A trégua anterior, que permitiu a retirada de quase 6.000 civis das zonas controladas pelos rebeldes, foi interrompida por ataques das forças de Assad
Autoridades rebeldes da Síria disseram nesta quarta-feira que um acordo de cessar-fogo para evacuar civis de Alepo foi negociado, menos de um dia depois do fracasso da trégua acertada anteriormente. A implementação do cessar-fogo permitirá a retiradas de pessoas das últimas áreas mantidas pelos rebeldes na cidade.
“Um acordo foi alcançado e nas próximas horas sua implementação começará”, disse à agência de notícias Reuters Abdul Salam Abdul Razak, porta-voz militar do grupo Nour al-Din al Zinki.
Ele afirmou que o acordo inclui a retirada de pessoas de duas vilas sitiadas por rebeldes na província de Idlib, uma condição introduzida pelo governo para a retomada do acordo de trégua, que ficou estagnado nesta quarta-feira em meio a pesados combates em Alepo.
Uma autoridade da aliança militar pró-regime confirmou que o acordo de trégua estava em andamento e disse que cerca de 15.000 pessoas seriam retiradas das aldeias Foua e Kefraya, em troca da saída de Alepo de “militantes e suas famílias e quem quiser sair entre civis”.
Um representante do grupo rebelde Jabha Shamiya disse que a implementação começaria às 6h de quinta-feira. Uma segunda autoridade do Jabha Shamiya também afirmou que o acordo envolveria a retirada de combatentes rebeldes e civis dos distritos remanescentes de Alepo, em troca da saída de pessoas de Foua e Kefraya.
Forças do governo sírio comandadas pelo ditador Bashar Assad retomaram ataques contra distritos tomados por rebeldes no leste de Alepo nesta quarta-feira, interrompendo um cessar-fogo na parte sitiada da cidade acordado esta semana. Enquanto durou a trégua, quase 6.000 civis foram evacuados das zonas controladas pelos rebeldes no leste da cidade síria de Alepo, informou nesta quarta o Centro Russo para a Reconciliação (CRC) na República Árabe Síria. Um porta-voz do CRC precisou à agência russa Interfax que trata-se de 5.992 pessoas, das quais 2.210 são crianças.
(Com Reuters)