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Trabalhadores da França convocam greve nacional contra inflação

Paralização afetou principalmente setor público com interrupção de atividades escolares e serviços de transporte

Por Da Redação 18 out 2022, 12h18

O tráfego trens na França foi reduzido pela metade nesta terça-feira, 18, quando vários sindicatos convocaram uma greve nacional. Profissionais da educação, energia, saúde, transporte e coleta de lixo protestaram contra a crescente inflação no país e reivindicaram aumento de salários.

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Pouco menos de 10% dos professores do ensino médio estavam em greve na terça-feira, com números ainda menores nas escolas primárias, mostraram dados do Ministério da Educação. O apelo à greve foi mais observado nas escolas profissionalizantes, onde os professores se opõem às reformas orçamentárias planejadas pelo governo francês.

À medida que as tensões aumentam na segunda maior economia da zona do euro, as greves se espalharam para outras partes do setor de energia, incluindo a gigante nuclear EDF, onde o trabalho de manutenção crucial para o fornecimento de energia da Europa será adiado.

Um representante do sindicato da Federação Nacional de Minas e Energia  (FNME-CGT) disse que as greves estão afetando o trabalho em usinas nucleares.

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Na setor de transporte, a agência Eurostar informou o cancelamento de alguns trens entre Londres e Paris por causa da greve.

A operadora ferroviária pública francesa SNCF disse que o tráfego nas conexões regionais caiu 50%, mas que não houve grandes interrupções nas linhas nacionais.

O porta-voz do governo, Olivier Véran, disse que a requisição de mais funcionários para as refinarias pode ocorrer durante o dia, já que as filas de motoristas preocupados com a interrupção do abastecimento crescem nos postos de gasolina.

“Haverá tantas requisições quantas forem necessárias… Bloquear refinarias, quando chegarmos a um acordo sobre salários, não é uma situação normal”, disse Véran à rede televisiva France 2 TV.

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Os líderes sindicais esperavam que os trabalhadores das petrolíferas reagissem à ordem do governo de volta ao trabalho em depósitos de gasolina, decisão que coloca em risco o direito de greve.

Mas uma pesquisa da empresa de pesquisas Elabe mostrou que apenas 39% do público apoiou a convocação de greve nacional, enquanto 49% foram contrários à paralização. O levantamento também apontou grande oposição da população à greve dos trabalhadores das refinarias de petróleo.

A crise nas refinarias se tornou um dos maiores desafios do presidente Emmanuel Macron desde sua reeleição em maio. As greves estão acontecendo enquanto o governo deve aprovar o orçamento de 2023.

Milhares de pessoas saíram às ruas de Paris no domingo, 16, para protestar contra a alta dos preços. O líder do partido de extrema esquerda La France Insoumise, Jean-Luc Melenchon, marchou ao lado da vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, Annie Ernaux.

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