O presidente do Timor Leste e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos-Horta, vai se apresentar às eleições de 17 de março no país, informou sua assessoria nesta terça-feira, num momento em que a retirada das forças de paz da ONU, prevista para este ano, faz temer uma volta da violência à nação.
Nascido em 26 de dezembro de 1949, em Dili, Ramos-Horta – filho de um português e uma timorense – foi durante anos o incansável porta-voz internacional da resistência no regime indonésio, que ocupou o Timor Leste de 1975 a 1999.
Aos 62 anos, ele lançou, assim, oficiosamente a campanha para a eleição presidencial, a segunda depois da independência do país, em 2002, após a violência que matou mais de um quarto da população.
O presidente, muito popular no país, vinha demonstrando reservas em permanecer na chefia do Estado, um cargo que valeu a ele um atentado, em 2008.
No domingo, recebeu uma petição com 120.000 assinaturas, apelando para que se candidatasse.
O presidente, símbolo da luta pela autodeterminação da antiga colônia portuguesa, foi eleito pela primeira vez em 2007 para a presidência do Timor Leste, um país com 1,1 milhão de habitantes.
Ícone histórico da luta pela independência, José Ramos-Horta é o favorito entre os dez candidatos já declarados.
Em 2007, foi eleito com 69% dos votos no segundo turno da votação.