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Timochenko será candidato das Farc à presidência da Colômbia

Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, foi o último comandante dos guerrilheiros

Por Da redação
1 nov 2017, 16h49

O partido político das Farc, que surgiu do acordo de paz com a ex-guerrilha na Colômbia, lançou nesta quarta-feira a candidatura presidencial de seu líder Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, para as eleições de maio de 2018.

Londono, de 58 anos, foi o último comandante dos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) antes de o grupo depor as armas e se tornar um partido político este ano. Em julho, Timochenko sofreu um acidente vascular cerebral que afetou sua fala e o obrigou a viajar a Cuba, onde se recupera.

Apesar dos problemas de saúde, a Força Alternativa Revolucionária do Comum, como passaram a se chamar, o nomeou presidente do partido em setembro. A vice-presidente da chapa será Imelda Daza, política colombiana que ficou exilada na Suécia entre 1989 e 2015.

Além da candidatura presidencial, a organização anunciou suas listas para o Congresso a ser eleito em março, lideradas por Iván Márquez, Pablo Catatumbo, Carlos Lozada e Victoria Sandino, ex-negociadores da paz. Com uma imagem negativa na maioria das pesquisas, as Farc revelaram suas cartas eleitorais, embora o Congresso ainda não tenha definido o sistema judicial ao qual os guerrilheiros deverão se submeter.

De acordo com o acordo de paz, os rebeldes e militares envolvidos no conflito poderão receber penas de prisão alternativas se confessarem seus crimes, indenizarem as vítimas e se comprometerem a nunca mais cometer violência. No entanto, falta ser esclarecido se os candidatos das Farc poderão assumir funções públicas sem terem sido julgados pela Jurisdição Especial para a Paz (JEP). O pacto de paz garante a eles 10 assentos no Congresso, embora devam concorrer às eleições.

Ataques aéreos

As Forças Armadas da Colômbia receberam autorização para realizar ataques aéreos contra gangues criminosas e dissidentes das Farc que se recusaram a aderir ao acordo de paz com a antiga guerrilha e preferiram continuar traficando drogas e cometendo outras atividades ilícitas, disse o Ministério da Defesa colombiano na terça-feira.

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Até 1.000 membros das Farc recusaram os termos do acordo do ano passado com o governo, optando por continuar armados, combater a lei e lucrar com drogas e mineração ilegais. Desde 1964 o conflito matou mais de 220.000 pessoas e deslocou milhões.

O decreto presidencial permite que as tropas bombardeiem dissidentes das Farc e gangues criminosas com aviões e helicópteros e blinda os militares de processos criminais, explicou o ministério em um comunicado. As operações aéreas só podem ser realizadas se não houver civis nas imediações.

Os ataques aéreos foram a arma mais eficaz na luta do governo contra as Farc, empurrando combatentes para florestas inóspitas e matando altos comandantes rebeldes. A estratégia também foi usada contra o Exército de Libertação Nacional (ELN), hoje o maior grupo guerrilheiro ativo na Colômbia, que está envolvido em conversas de paz com Bogotá. Os dois lados iniciaram um cessar-fogo bilateral em outubro.

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(Com AFP e Reuters)

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