Testemunhas começam a ser ouvidas no júri de Mubarak
Objetivo é determinar se a ordem de abrir fogo contra manifestantes partiu dele

A terceira audiência do julgamento do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak teve início nesta segunda-feira no Cairo, depois que o ex-governante chegou ao tribunal de maca. Juntamente com dois de seus filhos e outros altos funcionários de seu regime, Mubarak responde pelos crimes de abuso de poder e assassinato.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, egípcios iniciaram, em janeiro, sua série de protestos exigindo a saída do então presidente Hosni Mubarak.
- • Durante as manifestações, mais de 850 rebeldes morreram em choques com as forças de segurança de Mubarak que, junto a seus filhos, é acusado de abuso de poder e de premeditar essas mortes.
- • Após 18 dias de levante popular, em 11 de fevereiro, o ditador cede à pressão e renuncia ao cargo, deixando Cairo.
- • No lugar dele, assumiu um conselho militar que deve seguir governando o Egito até as eleições, marcadas para setembro.
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Esta segunda-feira marca uma nova fase do júri, com o início dos depoimentos de testemunhas para determinar a responsabilidade do ex-presidente nas mortes de manifestantes durante a revolta que o tirou do poder no início do ano.
O objetivo do comparecimento das testemunhas é determinar se a ordem de abrir fogo contra os manifestantes foi dada ou não pelo ex-ditador. A repressão da revolta social provocou 850 mortes, segundo os números oficiais.
Segurança – Segundo a agência oficial egípcia Mena, o helicóptero que transportava o ex-governante aterrissou na Academia da Polícia, na capital do país, procedente do Centro Médico Internacional, onde Mubarak está internado, na estrada entre Cairo e Ismailia. Mubarak, de 83 anos, que também compareceu de maca às audiências anteriores, de 3 e 15 de agosto. Nesta sessão, porém, o juiz proibiu a transmissão ao vivo pela TV.
Os serviços de segurança egípcios instalaram desde muito cedo barreiras e cordões de segurança do lado de fora do complexo para impedir que dezenas de manifestantes, divididos entre partidários do ex-presidente e familiares das vítimas, entrassem em confronto.
No entanto, partidários de ambos os lados jogaram pedras e trocaram insultos, o que provocou a intervenção dos agentes antidistúrbios das forças de segurança.

(Com agências France-Presse e EFE)
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