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Teste não traz ameaça imediata aos EUA. Mas é passo perigoso, diz analista

Ex-correspondente internacional da CNN afirma que ONU deve adotar sanções mais duras contra o país. E que EUA vão aumentar presença militar na região

Por Da Redação
12 fev 2013, 11h14

Desafiando as pressões internacionais, o regime do ditador norte-coreano Kim Jong-un cumpriu sua ameaça e confirmou, nesta terça-feira, ter realizado um bem-sucedido teste nuclear subterrâneo – o terceiro da história do país. A comunidade internacional apressou-se em condenar a ação, classificada pelo presidente americano Barack Obama como “altamente provocativa”. Para Mike Chinoy, ex-correspondente internacional da rede americana CNN e autor do livro Meltdown: The inside story of the north korean nuclear crisis (Meltdown: Por dentro da história da crise nuclear norte-coreana, em tradução livre), a realização do teste não significa, contudo, que os Estados Unidos estejam, agora, sob ameaça constante de serem atingidos por uma arma nuclear.

Em entrevista à CNN, Chinoy explica que, toda vez em que a Coreia do Norte realiza um teste, ela aumenta a sua potência nuclear. Esse teste consiste em um lançamento bem sucedido de um foguete de longo alcance. No entanto, para que os norte-coreanos consigam obter a arma nuclear que desejam, precisam miniaturizar ogivas nucleares (mísseis de longo alcance) e colocá-las no foguete. No teste deste terça-feira Kim Jong-un não fez isso, mas, de acordo com Chinoy, a ação representou, por si só, “um passo muito significativo.”

Desdobramentos – Para Mike Chinoy, o próximo desdobramento do anúncio oorrerá durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na qual haverá uma discussão sobre uma resolução que determine sanções mais rígidas à Coreia do Norte. “Eu acho que é certo que, não importa o que ONU faça, os EUA vão se mover por conta própria para aumentar as sanções. Eu também acho que os americanos vão reforçar a sua presença militar na região”, disse Chinoy à CNN.

Para Mike Chinoy, os norte-coreanos deverão usar a notícia do teste nuclear bem-sucedido como propaganda do país. “Eles são extremamente nacionalistas. Eles podem estar com fome, na miséria, mas têm uma bomba e podem se levantar para o resto do mundo. E isso é o que realmente importa na Coreia do Norte”, afirmou.

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O teste – Ainda de acordo Chinoy, não se sabe se o terceiro teste nuclear da Coreia do Norte foi realizado com um dispositivo de plutônio, como nos dois testes anteriores, ou de urânio. Segundo ele, há depósitos de urânio no país. “Se os norte-coreanos conseguiram detonar uma bomba de urânio com sucesso, eles avançaram no processo de desenvolvimento de capacidades técnicas para colocá-la em cabeça de guerra, e isso, em termos militares, seria preocupante.”

O ex-correspondente também acredita que o teste nuclear na Coreia do Norte levanta outras questões, como a da proliferação dessa tecnologia. Ou seja, quanto mais bem-sucedidos são os testes dos norte-coreanos, mais assustadoras podem ser as consequências do programa. “Por exemplo, eles podem fornecer ao Irã informações sobre os testes.”

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