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Terroristas mantêm dez reféns em shopping de Nairóbi

Exército prossegue com operação de resgate e novo tiroteio foi ouvido

Por Da Redação
23 set 2013, 06h34

Os militantes do grupo radical islâmico somali Al Shabab responsáveis pelo ataque ao shopping Westgate, na capital do Quênia, estão entrincheirados em um cassino situado no andar superior do centro comercial de Nairóbi com dez reféns ou menos, declarou nesta segunda-feira o presidente da Câmara de Comércio e Indústria do Quênia, Laban Onditi. Ele também assegurou que vários integrantes da milícia morreram durante a troca de tiros com o Exército na operação de resgate, que já dura quase 48 horas.

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O Exército queniano informou ter libertado a maioria dos reféns sob ameaça dos extremistas, que são entre 10 e 15 homens, afirmaram as autoridades. Ao menos 68 pessoas morreram no ataque, que deixou ainda mais de 150 feridos hospitalizados.

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O responsável pela Câmara de Comércio assinalou que “a situação está controlada”, no entanto, minutos depois, o Exército ordenou evacuar urgentemente o local. O barulho de um novo tiroteio foi ouvido e só o pessoal médico foi autorizado a voltar ao centro comercial para atender os feridos. O Exército queniano está realizando a operação de resgate dos reféns em colaboração com diferentes serviços de inteligência, como o de Israel.

O atentado ocorreu no sábado, quando homens armados entraramno shopping, abriram fogo contra o público e transformaram o prédio em uma zona de guerra. O grupo terrorista Al Shabab assumiu a autoria do atentado e disse, via Twitter, que o Quênia havia recebido repetidos avisos para retirar suas tropas da Somália sob pena de sofrer “consequências graves”. “O governo queniano, no entanto, se fez de surdo às nossas repetidas advertências e continuou a massacrar inocentes muçulmanos na Somália”, disse o grupo em seu Twitter oficial, @ HSM_Press. “O ataque no Westgate Mall é apenas uma pequena fração do que os muçulmanos na Somália passam nas mãos dos invasores quenianos”, disseram os militantes.

O grupo afirmou ainda, também pelo Twitter, que seus militantes escoltaram os muçulmanos para fora do prédio antes de começar o massacre. A declaração corrobora o depoimento de uma sobrevivente que disse a jornalistas que os homens armados ordenaram que todos os muçulmanos deixassem o local antes de iniciar o fuzilamento.

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Histórico – Antes do surgimento do grupo Al Shabab, ligado à Al Qaeda, o Quênia já foi alvo de atentados terroristas, como o bombardeio à embaixada americana em Nairóbi em 1998, que foi planejado para marcar o oitavo ano da presença das forças armadas americanas na Arábia Saudita, e os ataques coordenados contra um hotel cujo dono é de origem israelense e contra um avião de Israel em 2002. No entanto, o país tem sofrido mais ataques depois de invadir a Somália em outubro de 2011, com o objetivo de ajudar a combater os terroristas do Al Shabab junto aos EUA, França e Etiópia.

Desde 2011, uma série de pequenos ataques contra igrejas, bares, shoppings e instalações militares sacodem o Quênia. O primeiro aconteceu em 24 de outubro de 2011, quando uma granada foi jogada contra um bar em Nairóbi, matando uma pessoa e ferindo 20. No mesmo dia, uma granada foi lançada contra um carro em um terminal de ônibus em Machakos, matando cinco. Em março de 2012, um novo ataque contra um terminal de ônibus deixou seis mortos e 60 feridos. O maior ataque realizado no ano passado, no entanto, foi contra duas igrejas em Garissa, em julho, quando homens mascarados mataram 17 pessoas.

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(Com EFE, Reuters e Estadão Conteúdo)

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