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Terroristas de Bangladesh eram jovens da elite de Daca

Um grupo de sete homens matou vinte pessoas entre a sexta-feira e o sábado, após invadir um restaurante e manter dezenas como reféns durante 12 horas

Por Da Redação
4 jul 2016, 10h45

Novos detalhes sobre os responsáveis pelo ataque com reféns em um restaurante na cidade de Daca, capital de Bangladesh, na última sexta-feira, apontam que os sete extremistas eram jovens na faixa dos 20 anos, naturais do país e membros da elite. Os terroristas mataram vinte pessoas, após manterem dezenas de reféns presos por 12 horas no restaurante Holey Artisan Bakery.

Segundo investigação do jornal The New York Times, apesar de a polícia não ter divulgado os nomes dos responsáveis, porque ninguém compareceu para reconhecer seus corpos até a noite de domingo, amigos e parentes identificaram fotografias publicadas em um aplicativo de mensagens utilizado pelo Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque. Vários dos jovens teriam frequentado uma das melhores escolas privadas nacionais, além de universidades de renome em Bangladesh e no exterior. Entre eles estaria o filho de um ex-político do partido Liga Awami, um dos mais importantes do país.

No domingo, a polícia contatou o executivo de uma multinacional situada em Daca, Meer Hayet Kabir e pediu que comparecesse ao hospital para reconhecer um corpo que era supostamente de seu filho de 18 anos Meer Saameh Mubasher, um dos possíveis terroristas. Segundo o Times, Kabir estava em contato com as autoridades desde 29 de fevereiro, quando o jovem desapareceu inesperadamente. “Eu vou precisar me desculpar para todo mundo em nome do filho”, falou ao jornal, antes de tomar coragem de se dirigir ao local para confirmar a suspeita da polícia.

Mubasher e pelo menos dois dos jovens que aparecem na foto publicada pelo EI em suas redes sociais, junto com mensagens de apoio ao atentado, estudavam na Scholastica School, conhecida por receber a elite do país. Outros teriam frequentado a Universidade Monash, na Malásia e pelo menos um a faculdade privada North South, em Daca.

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O pai de Mubasher declarou que nunca havia notado tendências de radicalização no comportamento do filho, exceto por um episódio três meses antes de seu desaparecimento. O jovem teria parado de praticar guitarra, algo que costumava fazer com frequência. Quando questionado pela família, disse que “música não era bom”, refletindo um pensamento de islâmicos radicais de que música e dança são más influências.

De acordo com o jornal The Guardian, dezoito dos vinte mortos no ataque eram estrangeiros, sendo nove italianos, sete japoneses, um indiano e um americano. O restaurante fica em uma área de sedes diplomáticas de Daca e costumava ser frequentado por pessoas de diversas nacionalidades. O grupo extremista EI reivindicou o atentado que terminou no sábado, após a polícia matar os terroristas, porém, autoridades de Bangladesh afirmaram que o real responsável é o Jamaat-ul-Mujahideen Bangladesh (JMB), grupo que se diz representante do EI no país. Apesar de se declararem uma célula local dos jihadistas mais conhecidos, as ligações do JBM com o EI nunca foram comprovadas.

(Da redação)

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