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Terrorista de Boston se desculpa por “danos irreparáveis” que causou

Dzhokhar Tsarnaev se pronunciou pela primeira vez sobre sua participação no atentado durante a audiência que formalizou a sua condenação à morte

Por Da Redação
24 jun 2015, 15h50

O terrorista Dzhokhar Tsarnaev falou pela primeira vez nesta quarta-feira sobre sua participação no atentado na Maratona de Boston que deixou três mortos e mais de 260 feridos – dezessete pessoas perderam as pernas. O radical de 21 anos se pronunciou durante a audiência que formalizou a sua condenação à pena de morte e pediu desculpas a todos que foram atingidos direta ou indiretamente pelo ataque. “Eu sinto muito pelas vidas que foram perdidas, pelo sofrimento que causei a vocês, pelo dano que eu provoquei, danos irreparáveis”, afirmou, segundo a rede BBC. “Eu rezo pelo seu alívio, eu rezo para que vocês possam superar isso”.

Após a declaração do terrorista, o juiz George O’Toole Jr. citou uma frase de Shakespeare para recordar Dzhokhar que os americanos jamais esquecerão seu envolvimento no atentado. “A maldade perpetrada pelos homens sobrevive além de sua existência”, disse O’Toole. “O que será lembrado é o fato de você ter assassinado e mutilado pessoas inocentes e que você fez isso deliberada e intencionalmente. Eu te sentencio à pena de morte por execução”.

Dzhokhar se manteve impassível durante todo o julgamento e não chegou a esboçar reações quando os parentes das vítimas prestaram depoimento nas audiências criminais. O terrorista manteve a mesma postura nesta quarta-feira, quando familiares puderam expressar seus sentimentos com relação ao veredicto. No dia 15 de abril de 2013, Dzhokhar e o irmão mais velho, Tamerlan, detonaram bombas perto da linha de chegada da corrida. Depois, durante a fuga, eles também assassinaram o policial Sean Collier, que trabalhava na segurança do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês). Tamerlan foi morto em uma troca de tiros com a polícia dias depois do atentado.

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“O que você fez à minha filha é nojento. Não sei nem o que dizer a você. Acho que júri fez a coisa certa [em condená-lo à morte]”, disse Patricia Campbell, cuja filha Krystle morreu no atentado. “Ele poderia ter mudado de opinião na manhã do dia 15 de abril, saído com um senso mínimo de humanidade e reportado às autoridades que seu irmão planejava machucar outras pessoas”, declarou Bill Richard, pai da criança de oito anos que também morreu no ataque. “Ele escolheu o ódio. Ele escolheu a destruição. Ele escolheu a morte”, acrescentou.

A condenação de Dzhokhar foi a primeira sentença à pena capital de um júri federal para um terrorista na era pós-atentados de 11 de setembro de 2001, disse ao jornal The New York Times Kevin McNally, diretor do Death Penalty Federal de Resources Counsel Project. O último terrorista condenado à morte havia sido Timothy McVeigh, o homem que plantou uma bomba em Oklahoma City, foi condenado e sentenciado em 1997 e executado por injeção letal em 2001.

(Da redação)

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