Tel Aviv é alvo de mísseis lançados a partir de Gaza
Capital financeira de Israel foi ameaçada pela primeira vez desde a Guerra do Golfo de 1991. Projéteis teriam caído no mar e em área desabitada
Dois foguetes lançados da Faixa de Gaza tiveram como alvo a capital financeira de Israel, Tel Aviv, nesta quinta-feira. Esta foi a primeira vez que Tel Aviv foi ameaçada por mísseis desde a Guerra do Golfo de 1991, quando projéteis foram lançados contra a cidade pelo Iraque. O ataque configura mais um capítulo na mais nova e crescente onda de tensão entre Israel e Palestina.
Caio Blinder: Israel tem uma cartada altamente arriscada em Gaza
Não há relatos sobre danos ou vítimas. Fontes israelenses afirmam que um dos projéteis caiu no mar e o outro atingiu uma área inabitada no subúrbio de Tel Aviv. “Não houve queda de foguetes” na cidade, afirmou o porta-voz do Exército israelense, Yoav Mordejai.
As Brigadas Al-Qods, braço armado do grupo palestino Jihad Islâmica, afirmaram em comunicado que haviam “bombardeado Tel Aviv com um foguete Fajr-5”, de fabricação iraniana. A milícia palestina afirmou que o ataque é uma resposta à morte do chefe do braço armado do Hamas, Ahmed Jaabari, ao ser atingido por um foguete israelense, ação com a qual Israel iniciou a operação ‘Pilar defensivo’. Israel afirma que 274 mísseis foram lançados a partir da Faixa de Gaza desde a tarde de ontem.
Saiba mais: Após ofensiva contra Gaza, Israel convoca reservistas
Mais cedo nesta quinta, três civis foram mortos e quatro ficaram feridos depois que uma casa na cidade israelense de Kiryat Malakhi foi atingida por foguetes lançados a partir de Gaza. O ataque aéreo de Israel a Gaza também continuou nesta quinta e o ministro da Defesa, Ehud Barak, autorizou a convocação de 30.000 reservistas. A convocação de reservistas ocorre pela primeira vez desde a invasão terrestre de Gaza, ocorrida há quatro anos. Leia também: ONU pede fim dos enfrentamentos na Faixa de Gaza EUA – Também nesta quinta, o governo dos Estados Unidos condenou o lançamento de foguetes contra o território israelense em meio à nova onda de violência em Gaza. O presidente Barack Obama afirmou que ‘não há justificativa’ para os atos covardes’ do grupo islamita Hamas’. “A violência do Hamas não ajuda em nada os palestinos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. (Com agências France-Presse e Reuters)