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Talibã: Malala foi atacada porque faz campanha difamatória

Em carta, grupo fundamentalista tenta justificar o injustificável para chamar a atenção depois de discurso proferido pela jovem paquistanesa na ONU

Por Da Redação
17 jul 2013, 23h07

Os bárbaros do Talibã decidiram recorrer à escrita para chamar a atenção e tentar defender o indefensável: a tentativa de assassinato contra a jovem Malala Yousafzai, em outubro do ano passado. Ela foi a destinatária de uma carta atribuída ao grupo fundamentalista que afirma que o atentado não foi uma reação à sua defesa ao acesso de todas as meninas paquistanesas à educação, mas sim à “campanha difamatória” que realiza contra os talibãs. A carta é divulgada dias depois de Malala proferir um discurso nas Nações Unidas no qual ela fez um emocionado apelo pelo direito à educação. “Vamos pegar nossos livros e canetas, eles são as nossas armas mais poderosas”, disse a garota na Assembleia de Jovens da ONU, no dia de seu aniversário de 16 anos.

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Ela foi atingida por tiros no Vale do Swat, quando voltava da escola em um ônibus escolar. Gravemente ferida na cabeça, recebeu tratamento na Grã-Bretanha e recebeu alta três meses depois do ataque. Depois do longo período de internação, ela passou a morar em Birmingham.

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“O Talibã acredita que você está fazendo uma campanha para difamar o esforço de estabelecer um sistema islâmico no Vale do Swat, e suas mensagens são provocativas”, diz o texto, segundo a rede americana CNN. A correspondência foi assinada por Adnan Rashid, condenado à prisão perpétua em 2003 por sua participação na tentativa de assassinado do ex-presidente Pervez Musharraf. No ano passado, militantes talibãs invadiram a prisão em Bannu, em uma operação que permitiu a fuga de centenas de presos, incluindo Rashid. No texto, ele pede à garota que volte ao Paquistão e “use sua caneta a favor do Islã e da comunidade muçulmana”. Afirma ainda que o Talibã apoia a educação de meninas, desde que siga a lei islâmica.

O ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, que agora atua como enviado especial da ONU para educação global, considerou que Malala colocou os Talibãs na defensiva: “É por isso que eles estão divulgando esse texto agora”. “Ninguém vai acreditar em uma palavra do que o Talibã diz sobre o direito de meninas como Malala estudarem até que eles parem de incendiar escolas e massacrar alunos”, acrescentou.

Atentados – As mais recentes pressões do grupo fundamentalista contra a educação de meninas no Paquistão, aponta a CNN, incluem o assassinato de uma professora que estava a caminho da escola onde trabalhava, a morte de um diretor em um ataque a bomba em outra escola – atentado que deixou vários estudantes gravemente feridos – e um ataque suicida em um ônibus que levava 40 alunas para uma instituição de ensino – 14 morreram.

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