Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Talibã intensifica ataques em três cidades estratégicas no Afeganistão

Uma eventual derrota da cidade de Kandahar, segunda maior do país, pode representar um duro golpe para o governo afegão

Por Da Redação
2 ago 2021, 12h32

O Talibã continua fazendo progressos significativos no controle das províncias do Afeganistão após o início da retirada das tropas estrangeiras do país, em maio. No último domingo, os confrontos contra as forças do governo continuaram nas cidades de Kandahar, Herat e Lashkar Gah, no sul e no oeste afegão. 

O destino dessas regiões é considerado crucial em meio a temores de uma crise humanitária e ditará os próximos passos pelo controle territorial. Estima-se que o grupo fundamentalista já tenha capturado mais da metade do território do Afeganistão, inclusive fronteiras consideradas lucrativas com o Irã e o Paquistão.

Em Lashkar Gah, a disputa continua nos interiores da cidade. Há relatos de que o grupo chegou a poucos metros da sede do governo antes de ser obrigado a recuar. Forças do governo afirmaram que bombardeios realizados pelos Estados Unidos em posições estratégicas mataram pelo menos uma dúzia de insurgentes.

Em Kandahar, segunda maior cidade afegã, dois mísseis atingiram a pista do aeroporto local, causando a interrupção de todos os voos. O complexo aeroportuário abriga uma base aérea essencial para o abastecimento das tropas do governo. 

Continua após a publicidade

Segundo especialistas, o município tem sido o principal foco dos fundamentalistas, que pretendem fazer de lá sua capital. Além disso, o grande número de civis impede que o governo utilize de todo o seu poderio militar. Uma eventual queda de Kandahar seria um desastre para os ânimos de Cabul e levantaria dúvidas sobre sua capacidade de frear os avanços do grupo fundamentalista.

As tropas dos Estados Unidos e da OTAN ocuparam o Afeganistão em 2001 e tiraram o Talibã do poder. No entanto, mesmo com toda a presença militar estrangeira e bilhões de dólares de investimento no poderio militar nacional, o grupo conseguiu gradualmente recuperar sua força.

Em julho, o presidente americano Joe Biden afirmou que a retirada final de seu exército ocorrerá até dia 31 de agosto. Organizações humanitárias e ex-militares temem que o movimento faça com que os conflitos piorem nos próximos meses.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.